GREVE DE FOME
Detentos de cinco unidades prisionais do Rio Grande do Norte iniciaram,
ontem (1º), uma greve de fome. Segundo a coordenadora de Administração
Penitenciária (Coape), Dinorá Simas, os presos recusaram o café da
manhã, o almoço e também o jantar, servido às 17h.
Alberto Leandro
Em Alcaçuz e outros quatro presídios, detentos recusaram o café da manhã, almoço e jantar
Até o fechamento desta edição, a causa da ‘greve’ ainda não havia sido descoberta. Dinorá Simas disse, no início da noite, que os responsáveis pelos presídios estavam trabalhando em conjunto para descobrir a motivação. Na Penitenciária de Alcaçuz - distante de Natal cerca de 30 km -, o diretor Ivo Freire informou que, apesar da recusa de alimentos, não percebeu nenhuma movimentação estranha. Presos foram interrogados, mas ninguém explicou o motivo da greve.
“O serviço de inteligência está tentando descobrir agora quem são os líderes do movimento. Nós sabemos que eles estão articulados entre si, mas não entendemos como”, disse Freire. A mesma coisa se repetiu no Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, conhecido como Pavilhão 5 de Alcaçuz. Lá, os presos também se recusaram a comer, mas não houve qualquer movimentação estranha. Pelo menos que o diretor Osvaldo Júnior pudesse perceber.
“Após as visitas do fim de semana, os presos ficaram com suprimentos trazidos pelos familiares. Essas greves de fome são até comuns. Vamos trabalhar conjuntamente para descobrir quem são os líderes do movimento”, explicou o diretor da unidade.
O secretário de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), Júlio César de Queiroz Costa, também não soube informar o que teria levado os presos a fazer greve de fome. “Eu não sei a motivação. Estamos fazendo investigações. O momento é de aguardar. Nós sabemos que há comunicação de um presídio para outro e vamos trabalhar para descobrir como e quem está à frente”, comentou o titular da Sejuc. Além da Penitenciária Estadual de Alcaçuz e do Presídio Estadual Rogério Coutinho Madruga, a greve de fome aconteceu na Penitenciária Estadual de Parnamirim, na Cadeia Pública de Natal e na Penitenciária do Seridó, em Caicó.
No início de junho, a Polícia Militar do RN chegou a reforçar o policiamento na Penitenciária de Alcaçuz por haver ameaça de que uma rebelião estava sendo articulada. Equipes do Bope e Choque foram à unidade para garantir o fechamento das celas do presídio após a visita. Ontem, a PM não chegou a receber solicitação para reforço policiamento, segundo o comando da corporação.
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