INVESTIGAÇÃO
Diego Hervani
Repórter
A Polícia Civil começa a ouvir nesta segunda-feira (17) os familiares de Arlete Aparecida Ribeira, de 42 anos, encontrada morta dentro do depósito da pousada Varandas da Praia, da qual ela era proprietária e fica localizada no bairro de Ponta Negra, na zona Sul de Natal. Uma das informações que os policiais tentarão colher é se a vítima vinha tendo algum problema com o ex-marido. O motivo é que as investigações descobriram que Arlete já tinha prestado queixa contra Antônio.
A denúncia aconteceu há três meses, na Delegacia do Cidadão. Na ocasião, Arlete informou que Antônio tinha queimado documentos pessoais dela para que ela não viajasse para São Paulo. Os dois estão separados há três anos. Na queixa também se descobriu que Arlete havia relatado ter medo do ex-marido em razão deles estarem enfrentando problemas financeiros. “Nós temos informações de que não foi apenas um Boletim de Ocorrência que a Arlete fez contra o ex-marido. Estamos com equipes em campo para averiguar informações que nos chegaram que dão conta que ela prestou queixa contra o ex-marido outras vezes”, destacou o delegado Alexsandro Gomes, da Delegacia de Homicídios (Dehom) e que é o responsável pelo caso.
Arlete foi encontrada morta com um fio de ferro de passar enrolado no pescoço na noite da última quinta-feira (13), pelo filho dela, um menino de 10 anos e o ex-marido. “O que nos foi passado é que a Arlete foi até o depósito da pousada, mas como ela demorou para voltar, o filho da vítima foi até lá e começou a chamar pela mãe, mas ela não respondia. Depois o marido dela foi até o local e começou a bater na porta, que estava fechada, mas a mulher também não respondeu. O marido dela então conseguiu empurrar um pouco a porta e pela abertura ele viu toda a cena e chamou a polícia”, afirmou Roberto Andrade, delegado da Dehom que atendeu a ocorrência.
Apesar de a situação apontar para um suicídio, a polícia trabalha com fortes indícios de que a cena pode ter sido forjada. “Nós também trabalhamos com essa possibilidade. Existem indícios iniciais de peritos que também apontam nesse sentido. Porém, também trabalhamos com a possibilidade de suicídio. Pode ser que ela tenha levado um choque decorrente de algum problema no fio e por isso a cena não pareça a de um suicídio comum. Mas isso nós iremos ter certeza com o laudo do Itep”, explicou Alexandro.
Além dos familiares, o delegado também irá ouvir funcionários da pousada e outras pessoas próximas. “Nós estamos colhendo informações de pessoas próximas, que tenham tido contato com a vítima nesses últimos dias. Já conversamos com algumas pessoas e temos algumas outras informações. Agora queremos checar algumas coisas para definir uma linha mais precisa de investigação”.
O delegado Roberto Andrade também contou que a pousada tem sistema de segurança, mas o equipamento não estava funcionando. “Também estamos investigando para saber se esse equipamento vinha funcionando normalmente ou se foi algo que aconteceu apenas naquele dia, pois o equipamento não estava gravando e nem monitorando”.
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