sábado, 1 de novembro de 2014

José Júnior: “Robinson será um dos melhores governadores que Mossoró já teve” "Pela primeira vez, Mossoró vai ter um prefeito, um governador, uma senadora e uma presidente da República, irmanados e unidos, para o desenvolvimento da cidade"

CONVICÇÃO

Foto: Ivanízio Ramos
Foto: Ivanízio Ramos

Alex Viana
Repórter de Política

Prefeito de Mossoró com aprovação de 70% dos mossoroenses, baluarte das vitórias nestas eleições de 2014 da presidente Dilma Rousseff (PT), do governador Robinson Faria (PSD) e da senadora Fátima Bezerra (PT), com votações consagradoras na Capital do Oeste e região, Francisco José Júnior (PSD) vive seu melhor momento político. Após vencer a eleição suplementar do município, em maio deste ano, realiza uma gestão que o credenciou a ser o maior cabo eleitoral da região, que concentra o segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte, elegendo, ainda, com votações surpreendentes, seu candidato a deputado federal, Fábio Faria (PSD), e a estadual, Galeno Torquato (PSD).

Nesta entrevista a O Jornal de Hoje, o prefeito Francisco José Júnior fala sobre economia, gestão Rosalba Ciarlini (DEM) e sobre as expectativas para Mossoró a partir de janeiro de 2015, quando parceiros políticos importantes da sua administração assumirão postos chaves da política nacional e estadual, ajudando-o a defender-se da oposição mossoroense, derrotada por ele nas últimas eleições. “Tenho uma expectativa muito positiva em relação ao governo Robinson. Foi Mossoró que colocou Robinson no segundo turno. Foi Mossoró que deu a maior diferença, a maioria. E foi Mossoró, também, que deu a maior votação em termos percentuais”, afirmou.

O Jornal de Hoje – O que é que representa Mossoró hoje no contexto político, econômico e social do Rio Grande do Norte?

Francisco José Júnior – Mossoró é a segunda cidade do Rio Grande do Norte, uma cidade polo, no meio de duas grandes capitais (Natal e Fortaleza). Rica em sal, petróleo, fruticultura irrigada. É uma cidade enorme, cinco vezes maior que Natal em extensão de terra. Então tem para onde crescer e a nossa expectativa, para 2015, é muito positiva. Em virtude de estarmos sozinhos, com as forças políticas de Mossoró unidas contra a nossa administração, consegui fazer um bom trabalho. Graças a Deus, estamos hoje com a aprovação de 70% da população e agora, para 2015, pela primeira vez, Mossoró vai ter um prefeito, um governador, uma senadora e uma presidente da República, irmanados e unidos, para o desenvolvimento da cidade.

JH – Qual é a visão prefeito que a cidade de Mossoró, seus habitantes, seus políticos, seus empresários têm do Estado do Rio Grande do Norte?

FJJ – O Rio Grande do Norte é um Estado muito rico. Porém, nossa educação está em nível baixo, entre os três últimos lugares. E não existe desenvolvimento no Estado sem educação, sem investimentos no setor. Temos potenciais turísticos incríveis. Uma cadeia produtiva também destaque. Precisamos de um governador com essa visão e que priorize a questão do desenvolvimento do Estado porque o Rio Grande do Norte era para ser um dos estados mais ricos do Nordeste, mas, infelizmente, nós ainda não estamos nessa colocação.

JH – A governadora atual é uma mossoroense, governou a cidade por três vezes. Qual é a avaliação que se faz, em Mossoró, da gestão Rosalba no governo?

FJJ – Em Mossoró, as pesquisas de avaliação do governo apontam uma desaprovação muito alta dela no Estado, aprovação esta um pouco melhor em Mossoró, de 30%, enquanto 70% das pessoas a desaprovam. O governo Rosalba pecou por olhar muito para o retrovisor no sentido de herdar um governo com muitas dívidas e deixou de olhar para frente. Quando quis olhar para frente, já era tarde demais. Mas, teve pontos positivos. Foi um governo que não houve escândalos, fato positivo e não podemos deixar isso passar. Rosalba foi uma boa prefeita em Mossoró, cidade que governou três vezes, mas, no governo, deixou a desejar. Acho que foi um governo muito centralizador. Faltou diálogo com a Assembleia, com o Poder Judiciário. Acredito que faltou diálogo. Um governo de Estado é algo muito mais amplo que uma Prefeitura Municipal. E Rosalba não soube, talvez, dimensionar bem isto.

JH – Que realizações o senhor conseguiu empreender concretamente e tem tido a aprovação do mossoroense neste curto espaço de tempo em que o senhor governa o município?

FJJ – Primeiro, nosso governo vem sendo pautado pela transparência e eficiência. Transparência quando nós divulgamos os valores dos carros alugados, entregamos os carros de luxo, fizemos uma auditoria na primeira vez na história da prefeitura municipal, uma auditoria na nossa folha de pagamento, e agora estamos fazendo um cadastramento biométrico e em seguida vamos colocar ponto eletrônico em todas as repartições do município. No nosso governo só vai receber salário quem trabalhar. Só vai receber hora extra quem der hora extra, plantão quem der plantão. Então, temos um governo muito sério e a questão da eficiência é porque conseguimos tirar diversas obras que estavam estagnadas desde 2007. Inclusive com convênios federais, uma UPA que estava fechada, nós abrimos. Para você ter uma ideia, Natal tem duas UPAs, lá em Mossoró nós temos 3 UPAs e, nas nossas UPAs, temos plantão odontológico, serviço de ortopedia, que aqui no Rio Grande do Norte nenhuma UPA tem. Então é um governo muito sério. Estamos reformando e ampliando 18 escolas em apenas 8 meses de governo, chamando todos os concursados, chamamos agora mais de 200 professores, 50 assistentes sociais. É um governo também de muita produtividade e a população tem aprovado isso. A prova disso foi a eleição de nossos candidatos.

JH – Que avaliação o senhor faz destas eleições para o governo e para o Senado?

FJJ – O eleitor está cada vez mais informado, mais politizado, mais antenado, e consequentemente está mais exigente. Foi-se o tempo em que o eleitor de nosso Estado e principalmente de Mossoró, que eu conheço mais, vota por sobrenome. Ele não vota mais por sobrenome. Por ele ser mais exigente, quer mudanças, quer ações mais concretas, não quer essa história de político chegar e prometer como todo político faz, de que vai melhorar a segurança, educação e a saúde. Ele quer as propostas da segurança, da educação, da saúde e quer a realização delas. Aqueles candidatos que prometem e não fazem estão ficando para trás. Tem que haver uma reciclagem e tem que haver um respeito maior ao eleitor.

JH – O que o senhor espera do governo Robinson para o Rio Grande do Norte no geral e para Mossoró no particular?

FJJ – O maior problema hoje que se encontra no Rio Grande do Norte. Além da saúde e educação, é a segurança. Nossos jovens estão tendo as vidas ceifadas. Em Mossoró, temos uma ação exitosa, a BIC, Base Integrada Cidadã. É como se fosse um posto policial mais avançado, com câmeras de segurança que fazem um trabalho de prevenção, de blitz. Como é feito isso? Nas diárias os policiais trabalham 24 horas e folgam 48. Na folga dos policiais, o Município paga a diária aos policiais e faz a parceria com a Guarda Civil Municipal. Esse trabalho tem sido muito eficiente na redução da criminalidade. No entanto, o crime migra, sai daquelas áreas onde tem a BIC e vão para outras áreas. Então é importante que o governador possa ver essa experiência exitosa em Mossoró e possa não só ampliar na cidade, mas implantar em todo o Estado.

JH – O senhor é candidato à reeleição?

FJJ – Olhe acredito que sim. Nós não decidimos ainda. Mas pelo fato de poder e pelo fato de termos saído dessas eleições com uma conjuntura muito forte, com a eleição de Galeno Torquato com 12 mil votos, tendo mais votos que o próprio Leonardo Nogueira, que era deputado por duas vezes na cidade, marido da ex-prefeita por duas vezes da cidade de Mossoró (Fafá Rosado). A votação de Fábio Faria (deputado federal) que praticamente tirou 500 votos a menos que a ex-prefeita Fafá, que teve 12.400 votos e pelo fato de termos um governador amigo, aliado, tudo isso deixa o nosso projeto político muito forte para 2016.

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