sábado, 1 de novembro de 2014

PF investiga se Ecohouse usou “Minha Casa Minha Vida” e Caixa Econômica para golpes. Suspeita é de que empresa utiliza o nome do banco e do programa para atrair os investidores

CAMBALACHO

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir
Diego Hervani
Repórter

Investigado pela Receita Federal e Polícia Federal por suspeitas de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, crimes tributários e formação de quadrilha, o Grupo Ecohouse pode ter utilizado o nome da Caixa e do programa Minha Casa Minha Vida para atrair investidores. As informações são da Folha de S. Paulo.
Em matéria assinada pela repórter Fernanda Odilla, consta que “a Polícia Federal apura se o nome da Caixa Econômica Federal e do programa habitacional Minha Casa Minha Vida foram usados indevidamente por uma empresa do Rio Grande do Norte investigada por suspeita de lavagem de dinheiro e de crimes tributários”. O texto ainda lembra que no site da Ecohouse “há referências sobre o Minha Casa Minha Vida e também uma logomarca da Caixa”. De acordo com a Folha, a Caixa Econômica informou que não tem nenhuma operação com a empresa e que está colaborando com a Polícia Federal.

As investigações contra a empresa tiveram início em agosto deste ano após informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras- COAF, de que havia um esquema de lavagem de dinheiro através do qual uma suposta quadrilha com sede na capital potiguar, captava recursos de particulares no exterior com promessa de ganhos na ordem de 12 a 20% ao ano, sendo que o investimento nunca era repassado para esses investidores. A PF apurou que somente no mercado de Cingapura foram lesados pelo grupo cerca de 2 mil investidores, sendo que cada cota vendida naquele país equivalia a 46 mil dólares.

Nesta quinta (30) foram cumpridos 9 mandados de buscas e apreensão no Rio Grande do Norte, sendo oito na capital e um na praia de Pipa, além de um na cidade de Fortaleza/CE. Na operação, a PF utilizou 50 policiais e contou ainda com a participação de 12 fiscais da Receita. Segundo o delegado Rubens França, apesar de ninguém ainda ter sido preso, a PF tem provas suficientes para indiciar os mandatários do grupo. “São três pessoas que comandam o grupo, apesar do grupo ter diversos laranjas. Nós pedimos a prisão dos três, mas o mandado de prisão não foi expedido pela Justiça. Quando nós pedimos os mandados, significa que temos provas suficientes para indicar essas pessoas. Agora, com os documentos apreendidos, nós queremos conseguir ainda mais informações para apresentar um caso ainda mais consistente”.

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