FOI FRACO
Fonte: José Aldenir
Pelo menos na praia de Ponta Negra, o feriadão da Padroeira de Natal não correspondeu às expectativas como em outros períodos semelhantes. Enquanto os comerciantes observavam o fraco movimento, alguns natalenses aproveitam a calmaria até mesmo para uma lua de mel relâmpago.
Esse é o caso do vigilante Evanoel Soares da Silva, de 47 anos, e da dona de casa Maria de Fátima da Silva de 44 anos. Embora sejam evangélicos, eles aproveitam o dia de 21 de novembro para realizar o casamento religioso. “O feriado de ontem foi ótimo porque passei o dia na correria para ajeitar as coisas para o casamento à noite. Para mim, o feriado de ontem é hoje”, explicou Maria de Fátima.
Hoje, eles se deleitaram com uma lua de mel. Mas só até o meio-dia porque Evanoel tinha que trabalhar à tarde. O casal estava em um namoro de sete anos. Em junho, finalmente realizaram o casamento civil. E só ontem receberam a benção de sagrada de um pastor da Assembleia de Deus.
O primeiro dia de casamentotambém foi um dia de descoberta. Maria de Fátima nunca esteve no maior cartão postal de Natal. “E olha que eu morava na Praia do Meio”, acrescentou. Para ela, a primeira impressão é a melhor possível. “As pessoas são educadas, é organizado, limpo aqui”, avaliou. Para o marido dela, o melhor da praia é o atendimento.
Quem aproveitou todo o feriadão na praia foi o casal Isaias Carvalho e Gabriela Costa. Eles também levaram o pequeno Miguel de um ano e quatro meses. Para eles, a praia é um dos poucos programas de fim de semana convidativos para a família, mas principalmente para as crianças. “Em Natal, falta opção de lazer para família. Praticamente só tinha o Parque das Dunas. Algo que reunisse todas as idades. Quando tem uma pecinha infantil ainda livra um pouco, mas quando não tem a gente precisa inventar alguma coisa”, reclamou a contadora Gabriela Costa.
Para ela, a Cidade da Criança surgiu como mais um opção, mas confessa que ainda não visitou o lugar depois de reaberto mês passado. Para o casal, a escolha de Ponta Negra para aproveitar o feriadão leva em conta a distância de casa (eles moram no bairro de Cidade Satélite) e aspectos gerais da praia. “Aqui é tranqüilo, é menos tumultuado que na praia do Meio”, analisou Isais Carvalho.
Apesar da escolha dessas suas famílias por praias locais, o quiosqueiro João Carlos de Oliveira, de 45 anos, diz que o feriado da padroeira da capital potiguar não foi tão bom se comparado com datas semelhantes. Segundo ele, em feriados movimentados cerca até 1.500 pessoas circulam por suas 15 mesas na praia. O comerciante faz a estimativa levando em consideração o número de cadeiras disponíveis e a média de tempo que cada grupo ocupa um guarda-sol (no máxima 3 horas).
Com o fraco movimento do feriado, ele não espera uma grande recuperação hoje. “Ontem não chegou a 60 pessoas. Agora, isso também foi por causa da maré que encheu ontem de meio-dia. E aqui nesse ponto, eles construíram mais perto do mar”, referiu-se a construção do calçadão. Segundo ele, os turistas continuam os responsáveis pela maior circulação de pessoas na praia bem à frente dos nativos. “O pessoal de Natal vai para o interior quando tem esses feriados, ficam em casa ou vão pras praias mais longe”, comentou.
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