HOSPITAL
Flávio Oliveira/Nominuto.com
Um dos dilemas para as pessoas que procuram
atendimento em alguns hospitais públicos é a dificuldade para conseguir
tratamento adequado. Em muitos casos, a falta de certos medicamentos
obriga acompanhantes dos enfermos a comprarem os remédios. Familiares
dos pacientes do Hospital Regional Doutor Ruy Pereira dos Santos, no
bairro Petrópolis, vivem essa realidade.
A equipe de reportagem do Nominuto.com esteve
na unidade hospitalar e constatou que algumas pessoas têm comprado
remédios para os parentes. Uma mulher, que pediu para não se
identificada, cuja mãe está internada há dois meses, confirmou que
adquiriu com recursos próprios vários medicamentos para que a mãe receba
o devido tratamento. “A gente teve que comprar a medicação durante
esses dois meses.
Compramos Losartana, Difilipina e Amitriptilina para
controlar a pressão arterial. Eles dizem que está faltando no postinho e
que se a gente tiver como comprar, se tiver condições é melhor”,
explicou a mulher.
Outra mulher, que está com o pai internado há
mais de 20 dias, conta que também precisou comprar uma pomada e exibiu
uma nota fiscal comprovando a aquisição. “Eles me pediram a pomada
porque disseram que não tem, uma safgel. Disseram que não tem aqui e eu
tinha que trazer. Aí comprei e trouxe”, denunciou.
Uma senhora de 69 anos que acompanha o marido internado há mais de 15 dias, informou que só não levou o medicamento porque está aguardando a manipulação do medicamento. “O médico disse que tinha e estava usando, mas pediu que comprasse para repor e substituir o estoque. Então eu mandei fazer e vou trazer amanhã, custou R$ 53”.
Nossa equipe
conversou com o diretor administrativo do hospital, Graciliano Sena, mas
ele não quis comentar o assunto e orientou a procurar a assessoria de
comunicação da Secretaria da Saúde Pública (Sesap).
Em contato com a
assessoria, foi informado que o secretário da Sesap, José Ricardo
Lagreca, tem interesse em resolver o problema dos hospitais regionais e
que alguns medicamentos estavam sendo liberados aos poucos.
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