quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Amanda: Prefeito quer passar sensação que Natal em Natal é oitava maravilha do mundo. Prefeitura informou que 441 mil pessoas passaram pelas festas organizadas pela Prefeitura no evento natalino

POLÍTICA 
Amanda Gurgel - foto Agência Senado
Divulgação
 
Os números divulgados pela Prefeitura do Natal para quantificar os participantes das festividades do Natal em Natal foram classificados como uma “forçação de barra” pela vereadora Amanda Gurgel (PSTU). Na tentativa de dar mais visibilidade ao evento, a Prefeitura informou que 441 mil pessoas passaram pelas festas realizadas pela Prefeitura no período. Esse público teria movimentado um montante de mais de R$ 80 milhões. Só pela árvore de Mirassol, segundo a Prefeitura, passaram 240 mil pessoas entre novembro e dezembro, o que significa que a árvore teve mais público que o Cristo Redentor tem em média durante um mês.

“Existe uma forçação de barra para tentar comprovar o sucesso de uma política que não precisava disso tudo. As pessoas frequentam esses eventos porque não têm outras opções de lazer, porque não foram consultadas sobre o que seria melhor, se investir em educação para as milhares de crianças que estão sem vagas nas creches e escolas. Se o investimento público foi feito nos eventos, as pessoas vão para os eventos, mas não precisa ficar fazendo alarde, maquiando números para passar a sensação que foi um sucesso, que foi a oitava maravilha do mundo”, disse a vereadora.

Ainda de acordo com a Prefeitura, no Aniversário da Cidade, que correspondeu aos shows no Arena das Dunas, 160 mil pessoas passaram pelo evento, o que significa que o evento teve mais público do que um dos maiores festivais de música do mundo, o Lollapalooza, que em sua última edição, em 2015, no autódromo de Interlagos, contou com a participação de 136 mil pessoas.

“Acho que o prefeito Carlos Eduardo faz uma política muito rasteira, não tem nem muito como classificar. Acho que esse dinheiro gasto com essas pesquisas que o prefeito usa para se avaliar devia ser gasto com pesquisas para saber o que está faltando nas escolas, o que as escolas estão precisando para o início do ano letivo. A escolas estão sem uma estrutura básica, tem escolas sem movimentar recursos por problemas cartoriais e o prefeito não resolve isso, então vão atrás de produzir dados para políticas efetivas para a população”, recomenda.

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por:AgoraRN

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