por:Cláudio Oliveira/ NOVO
sábado, 30 de janeiro de 2016
Temer em Natal diz que quer ser presidente do Brasil
POLÍTICA
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel
Temer, esteve ontem (29) em Natal para convidar os militantes do partido
a preparar o palanque para sua possível candidatura à presidência da
República em 2018. Para tanto, prega a sua reeleição à frente da legenda
na convenção nacional marcada para o próximo dia 19 de março.
Temer liderou a comitiva, denominada “Caravana da unidade”, e revelou os
planos do partido para 2018, começando neste ano pelas eleições
municipais. Para estas, o partido segue em Natal na tendência de compor
chapa na reeleição do prefeito Carlos Eduardo.
Acompanhado pelo ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves;
ex-ministro da Aviação, Moreira Franco; e ex-deputado federal, Germano
Rigotto; e lideranças do partido no Rio Grande do Norte, Michel Temer
declarou que o PMDB continuará fazendo parte do governo petista da
presidente Dilma Rousseff, mas em breve vai lançar candidatura própria
contra ela.
Com o episódio da carta que escreveu para Dilma reclamando da falta de
espaço, após o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
autorizar a abertura do processo de impeachment contra ela, o PMDB quase
rompeu com o PT, mas agora já se percebe uma reaproximação que deverá
ser desfeita para que o partido alce voo próprio.
“Não falta nem mais, nem menos (para ser oposição), o PMDB está no
governo, mas temos a capacidade de pensar e, como partido, temos o
direito de lançar candidatura própria à presidência. Somos governo e
mais à frente vamos lançar candidato a presidente”, enfatizou.
Nesse processo, o partido quer lançar o maior número de candidaturas,
priorizando as capitais e as cidades acima de 200 mil habitantes. Faz
parte da estratégia ocupar as vice-prefeituras onde for mais viável. É o
caso de Natal, onde o partido fica livre para discutir o fazer.
Ministro do Turismo e presidente estadual do PMDB no Rio Grande do
Norte, Henrique Eduardo Alves defendeu a candidatura de Temer para a
presidência da República em 2018, assim como assegura que o partido
discutirá em nível local se vai seguir a proposta de compor a chapa do
prefeito Carlos Eduardo (PDT), candidato à reeleição.
“Essa discussão vai passar pelo diretório municipal, mas de fato há a
proposta preliminar do prefeito de fazer aqui a aliança PDT/PMDB. Pode
ter a minha simpatia pelo prefeito, que é um candidato natural e forte
pelo mandato que tem exercido, mas isso ainda vai passar pelo partido.
Ele merece a reeleição por ser um grande prefeito, mas ainda há o
interesse do PMDB como partido”, declarou.
Esse segundo interesse é representado por uma ala da sigla que defende a
candidatura própria, como o deputado estadual Hermano Moraes.
Já para as eleições de Mossoró, Henrique diz que o projeto para 2016
precisa ser ainda mais amadurecido que o de Natal. Lá, porém, o nome da
ex-prefeita Fafá Rosado já foi anunciado pelo senador Garibaldi Alves e
há a perspectiva de que esse projeto some ao projeto da ex-governadora
Rosalba Ciarlini, que pode disputar as eleições na cidade pelo PP
(Partido Progressista).
“É cedo em Mossoró. Ainda vai chegar a hora da ex-governadora decidir e,
enquanto isso, vamos conversando entre si. Temos nossas lideranças,
temos a ex-prefeita Fafá. Mas Mossoró é que precisa de um amadurecimento
maior no debate”, disse Henrique.
Fafá Rosado compareceu ao encontro de Temer e disse que está à
disposição do partido. “Quero ajudar Mossoró a voltar ao
desenvolvimento. Eu posso dizer que o senador Garibaldi, no final do ano
passado, disse em entrevista que o PMDB poderia ter candidato e citou
meu nome. Estou disposta a servir. O PMDB está aberto ao diálogo,
formando uma grande coligação para Mossoró voltar a crescer”, destacou.
No Rio Grande do Norte o partido administra 55 municípios e já tem 110
pré-candidatos anunciados. A intenção é chegar a 80 prefeitos com as
eleições de outubro próximo.
Partido quer a presidência
Os representantes nacionais do PMDB reforçaram a ideia da candidatura de
Michel Temer para a presidência da República em 2018, mesmo faltando
quase três anos para as eleições presidenciais. “O PMDB sempre esteve
presente no governo dando governabilidade, mas nunca foi governo. Falta
aquilo que o afirmará definitivamente. Não adianta termos os melhores
cargos do governo e não termos o comando. Temos que pensar em 2016 já
preparando Temer para em 2018 erguer a bandeira do PMDB e dizer que
estamos prontos para assumir a presidência”, destacou o ex-deputado
federal e ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto.
Os peemedebistas ocupam seis ministérios dentro do governo Dilma: Celso
Pansera no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Eduardo Braga
na pasta de Minas e Energia; Helder Barbalho na Secretaria de Portos da
Presidência da República; Henrique Alves no Ministério do Turismo; Kátia
Abreu na Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e Marcelo Castro na
Saúde.
O ex-ministro da Aviação e atual presidente da Fundação Ulisses
Guimarães, Moreira Franco, que coordena a caravana de Temer, disse que a
proposta é o partido se organizar para ganhar o maior número de
prefeituras, especialmente a das capitais e cidades a partir de 200 mil
habitantes, fortalecendo assim a base política para 2018. “Temos que nos
organizar para sermos o governo. Ganhar as prefeituras e aumentar a
representatividade nas capitais para fortalecermos nossa base eleitoral e
sustentarmos uma candidatura”, enfatizou.
por:Cláudio Oliveira/ NOVO
por:Cláudio Oliveira/ NOVO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário