Uma jovem dinamarquesa que
matou a própria mãe foi condenada pela justiça do país a passar os
próximos nove anos presa. A acusada cometeu o crime após assistir aos
vídeos de decapitações do Estado Islâmico.
A sentença da jovem Lisa Borch
é a mais longa já imposta a um adolescente na Dinamarca. A jovem de 16
anos tinha apelado da decisão e dito que a culpa era toda do namorado.
Crime
Com a ajuda do namorado, a menina que na
época tinha 15 anos assassinou brutalmente a própria mãe em sua casa,
na cidade rural de Kvisse, na Dinamarca. De acordo com a investigação, a
garota estava obcecada pelo Estado Islâmico e praticou o crime após
passar horas assistindo a vídeos de decapitação produzidos pelo grupo
terrorista.
De acordo com a imprensa
internacional, Lisa Borch assassinou a mãe, Tina Römer Holtegaard, com
ao menos 20 facadas em outubro, em um período em que vinha assistindo
aos vídeos das decapitações dos reféns David Haines e Alan Henning no
You Tube.
Lisa alegou inocência na época do
assassinato. Logo depois do crime, ela chamou a polícia em tom de voz
desesperado, dizendo haver sangue em toda parte, e garantindo ter
ouvido “a mãe gritar e, quando olhei pela janela, vi um homem branco
correndo para longe”.
A investigação, no entanto, começou a derrubar sua versão
tão logo a apuração do caso foi iniciada, quando os policiais foram à
casa da vítima e encontraram a adolescente brincando tranquilamente
ao telefone celular.
“Ela assistiu [aos vídeos de decapitação] por toda a
noite”, disseram os promotores do caso. Segundo eles, a jovem planejava
viajar à Síria com o namorado, o iraquiano Bakhtiar Mohammed Abdulla,
por quem se apaixonou em um centro de refugiados em sua cidade, para se
juntar ao Estado Islâmico.
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