quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Robério critica segurança pública e diz que “polícia está enxugando gelo.” Professor acredita que Governo tem que repor o efetivo da Polícia Militar e apostar na inteligência para se antecipar ao crime

POLÍTICA
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Reprodução
As recentes mudanças anunciadas e efetivadas pelo governador Robinson Faria (PSD) para a segurança do Rio Grande do Norte não serão suficientes para conter a onda de violência que assombra o Estado, na opinião do professor Robério Paulino (PSOL), pré-candidato a prefeito de Natal em 2016. Robério, que diz ter acompanhado “chocado” o assassinato da estudante da UFRN Maria Karolayne, de 19 anos, bem como o de Gizela Mousinho no início desse mês, considera que a saída encontrada pelo governo não vai resolver a situação.

“Eu torço para que o novo comandante consiga melhorar a situação, mas o que acontece hoje é que a polícia está literalmente enxugando gelo, porque a origem da violência tem a ver com o aumento tanto da desigualdade e da pobreza como com o abandono das periferias, a falta de políticas públicas eficazes que afastem especialmente a juventude da criminalidade, dando oportunidades de emprego, renda, uma educação melhor, para que a juventude veja que o caminho do crime não vale a pena e que existe outro caminho”, disse o professor da UFRN.

Além de substituir, na última quinta-feira (21), o comandante da PM, Coronel Ângelo Dantas, pelo coronel Dancleiton Pereira Leite, o governador também implementou mudanças em outros setores da segurança pública. A delegada Sheila Maria Freitas assumiu o cargo de diretora de Polícia Civil da Grande Natal; o coronel Laurêncio Menezes de Aquino passou a ocupar o cargo de subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros; e o Comando de Policiamento Metropolitano ficou a cargo do tenente-coronel Marcus Vinicius.

Para Robério Paulino, que é professor do Departamento de Políticas Públicas da UFRN, o Governo tem que repor o efetivo da Polícia Militar e apostar na inteligência para se antecipar ao crime. 

“Isso implica em monitoramento com câmera, que hoje é muito barato, o governo poderia monitorar melhor todas as zonas de maior incidência de crimes, com uma central de monitoramento em tempo real. Além disso, o Governo precisa reaparelhar a própria Polícia Civil e Militar, que hoje tem boa parte de sua frota sucateada. O efetivo da PM está congelado em no máximo nove mil homens e boa parte deles está desviado para outras repartições públicas”, ressalta Robério.

por:AgoraRN

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