O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou novamente,
nesta quinta-feira, 28, ser dono do apartamento tríplex no Guarujá, que é
um dos alvos da 22ª fase da Operação Lava Jato deflagrada nessa
quarta-feira, 27, e denominada Triplo X.
"Adquirir
cotas de uma cooperativa habitacional a prestações não significa
tornar-se proprietário de um imóvel. A família de Lula poderia ter
exercido o direito de compra do apartamento por seu preço final,
completando o valor necessário, mas decidiu não fazê-lo", afirma o
ex-presidente em seu perfil no Facebook.
A
publicação diz ainda que "parte da imprensa insiste em ignorar essas
informações em nome de uma manchete mais 'saborosa'". "O jornal A
Gazeta, do Espírito Santo, por exemplo, diz que Lula "foi dono" do
apartamento. Não foi, nem é."
O foco desta etapa
da operação é o condomínio Solaris, no Guarujá, no litoral paulista,
onde a mulher de Lula, Marisa Letícia, chegou a ter a opção de compra da
unidade 164-A. Relatório divulgado nesta quarta-feira incluiu um
diagrama com imóveis sob investigação do condomínio, entre eles o imóvel
ligado ao ex-presidente. O documento indica que a OAS, empreiteira
acusada de cartel no esquema de propinas e desvios de recursos na
Petrobras, aparece hoje como proprietária do apartamento, após Marisa
ter desistido do negócio, segundo o Instituto Lula, presidido por Paulo
Okamotto. Para a PF, todos os imóveis sob investigação possuem "alto
grau de suspeita quanto à sua real titularidade".
Lula
já havia se manifestado na quarta-feira sobre as investigações por meio
de nota divulgada pelo seu instituto. Segundo a entidade, o
ex-presidente não ocultou patrimônio e nunca escondeu relação com o
tríplex. O texto argumenta ainda que o petista não foi nem sequer citado
na decisão do juiz federal Sergio Moro que levou à nova fase da
operação da PF.
por: Agência Estado
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