O
protesto do movimento "Revolta do Busão" foi dispersado em meio a
bombas de gás e spray de pimenta lançados pela polícia. Após se reunir e
decidir em plenária seguir em passeata até o shopping Midway Mall, um
grupo dentre os manifestantes decidiu atravessar as movimentadas faixas
da Avenida Salgado Filho (BR 101), próximo à passarela de Mirassol, e
foram contidos pela ação policial. O grupo tentava fazer um roletaço,
obrigando os motoristas a pararem os ônibus e abrir a porta traseira dos
veículos para que os passageiros pudessem entrar sem pagar. Contudo, a
polícia agiu rápido e dispersou os manifestantes que encerram o ato em
seguida. O ato se concentrou por volta das 17h de hoje (01) na parada do
circular da UFRN, ao lado do shopping Via Direta mas os manifestantes
só iniciaram a passeata por volta das 19h.
Para
manter a ordem, foi disponibilizado um aparato policial considerável
com quatro viaturas da Polícia Militar e quatro da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) que estiveram presentes desde o início do ato, com cerca
de 30 policiais. No momento da confusão, foi acionado um reforço que
contou com uma viatura e homens do BPChoque e efetivo em motocicletas. De acordo com o agente da PRF, Otoniel Falcão, a açao policial só ocorreu porque os manifestantes descumpriram um pré-acordo.
"Fechamos
a BR e negociamos a liberação para que passasse carros e ônibus também.
Negociamos com uma comissão que se apresentou como representante deles e
para nossa surpresa ao invés de cumprirem com o acordado eles invadiram
as pistas principais da BR e foram para o outro lado pondo em risco os
veículos e eles próprios. Tendo em vista isso e a exarcerbação dos
ânimos a gente resolveu por bem intervir para garantir a fluidez da via e
a segurança da sociedade", explicou. A Polícia Militar chegou a
revistar alguns manifestantes, mas não foram encontradas armas ou
materiais que pusessem em risco a ordem. Ninguém chegou a ser detido.
O percurso dos ônibus passou a ser desviado na altura da praça da árvore de Mirassol para o campus da UFRN. O
grupo protestava contra o aumento da tarifa do transporte público em
Natal que, desde domingo passou de R$ 2,65 para R$ 2,90. Cerca de 300
manifestantes estiveram presentes alegando
que o novo valor da tarifa é abusivo, principalmente pelo fato de que a
prometida qualidade no transporte público, para a qual condicionou-se o
aumento da tarifa em julho passado, ainda não foi concretizado.
"O
prefeito não cumpriu com as condições para o aumento do ano passado.
Como é que aumenta a tarifa se não discute a licitação nem o plano de
mobilidade para a cidade? A gente acredita que esse aumento só beneficia
aos empresários do Seturn enquanto a população necessita de paradas de
ônibus, segurança dentro dos ônibus e em toda a cidade", declara a
coordenadora Geral do Departamento Central de Estudantes (DCE) da UFRN,
Daniela Araújo. Os
vereadores Amanda Gurgel (PSTU), Sandro Pimentel (PSOL) e o
pré-candidato a prefeitura do Natal pelo partido dele, Robério Paulino,
compareceram ao início do ato.
O
movimento agendou para a próxima quarta-feira, às 15h outro ato. Dessa
vez eles saírão em bloco de carnaval até a prefeitura de Natal,
reforçando o protesto contra o aumento da tarifa nos ônibus da cidade.
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