Na imagem, a viúva chora ao lado do corpo do marido (Reprodução/Facebook)
A viúva do policial militar morto em Natal na manhã desta segunda-feira, 5, viu a execução do marido. O sargento Antônio Cândido dos Santos, de 37 anos, morreu após dois criminosos perceberem que ele era PM.
Cândido havia chegado em Natal nesse
domingo, 4. O policial era subcoordenador do Curso de Nivelamento de
Praças, em Caicó, onde morava. Ele veio do Seridó para acompanhar o pai
de 76 anos em um exame na Liga Contra o Câncer na Zona Oeste da capital
potiguar.
O sargento aproveitou a oportunidade em
Natal para levar o pai à praia pela primeira vez. Nesta segunda, pouco
depois das 6 horas, ele deixou o genitor com a esposa e saiu na direção
do carro em busca de uma vaga mais adequada para deixar o veículo
estacionado. Dois homens montados em uma moto o abordaram e o
assassinaram na entrada do hospital.
“Escutei lá da recepção e eu falei:
gente, são tiros, são tiros.E quando eu percebi, era o meu esposo. Tinha
um homem atirando nele. Ele estava caído no chão e ele ficou atirando,
atirando. E ele saiu correndo, e eu vim até aqui, e meu esposo no chão,
suspirando. Ai, meu Deus! E ele morreu. Eu me sinto sem chão. Queria
chorar pra ver se aliviava tudo o que eu estou sentindo, mas não
consigo”, narrou a viúva do policial à Inter TV Cabugi.
A arma de Cândido foi levada pelos
criminosos. Horas depois, a motocicleta usada pela dupla foi encontrada
numa região próxima da Liga Contra o Câncer. Mais tarde, um suspeito foi
preso na Favela do Japão, também na Zona Oeste. Ele estava com uma
tornozeleira eletrônica, pois é detento do regime semiaberto. Mas a
identidade não foi revelada.
De acordo com a Polícia Militar, Cândido
entrou na corporação no ano 2.000. Chamado pela PM de “bravo sargento” e
ainda de “honrado guerreiro”, o policial é o décimo a morrer neste ano
no RN. Ele deixa um filho de 4 anos.
(Portal no AR)
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