terça-feira, 6 de junho de 2017

“Eu me sinto sem chão”, diz viúva do sargento Cândido. Policial aproveitou oportunidade em Natal para levar pai à praia pela 1ª vez

TRISTEZA
 
 Na imagem, a viúva chora ao lado do corpo do marido (Reprodução/Facebook)

A viúva do policial militar morto em Natal na manhã desta segunda-feira, 5, viu a execução do marido. O sargento Antônio Cândido dos Santos, de 37 anos, morreu após dois criminosos perceberem que ele era PM.

Cândido havia chegado em Natal nesse domingo, 4. O policial era subcoordenador do Curso de Nivelamento de Praças, em Caicó, onde morava. Ele veio do Seridó para acompanhar o pai de 76 anos em um exame na Liga Contra o Câncer na Zona Oeste da capital potiguar.

O sargento aproveitou a oportunidade em Natal para levar o pai à praia pela primeira vez. Nesta segunda, pouco depois das 6 horas, ele deixou o genitor com a esposa e saiu na direção do carro em busca de uma vaga mais adequada para deixar o veículo estacionado. Dois homens montados em uma moto o abordaram e o assassinaram na entrada do hospital.

“Escutei lá da recepção e eu falei: gente, são tiros, são tiros.E quando eu percebi, era o meu esposo. Tinha um homem atirando nele. Ele estava caído no chão e ele ficou atirando, atirando. E ele saiu correndo, e eu vim até aqui, e meu esposo no chão, suspirando. Ai, meu Deus! E ele morreu. Eu me sinto sem chão. Queria chorar pra ver se aliviava tudo o que eu estou sentindo, mas não consigo”, narrou a viúva do policial à Inter TV Cabugi.

A arma de Cândido foi levada pelos criminosos. Horas depois, a motocicleta usada pela dupla foi encontrada numa região próxima da Liga Contra o Câncer. Mais tarde, um suspeito foi preso na Favela do Japão, também na Zona Oeste. Ele estava com uma tornozeleira eletrônica, pois é detento do regime semiaberto. Mas a identidade não foi revelada.

De acordo com a Polícia Militar, Cândido entrou na corporação no ano 2.000. Chamado pela PM de “bravo sargento” e ainda de “honrado guerreiro”, o policial é o décimo a morrer neste ano no RN. Ele deixa um filho de 4 anos.

(Portal no AR)

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