INSEGURANÇA
A senadora Fátima Bezerra lamentou, nesta segunda-feira (5) o aumento
crescente da violência no país, com ênfase na situação do Rio Grande do
Norte, que já registrou mais de 1000 assassinatos nos primeiros cinco
meses deste ano. O Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda, também mostrou
um aumento crescente da violência entre os anos de 2005 a 2015. Em
2015, aconteceram no Brasil 59.080 homicídios, o que equivale a uma taxa
de 28,9 por 100 mil habitantes. Os números mostram que, em apenas três
semanas, o total de assassinatos no país foi maior do que o número de
pessoas mortas em todos os ataques terroristas no mundo, nos cinco
primeiros meses de 2017, e que envolveram 498 casos, resultando em 3.314
indivíduos mortos, como comparou o relatório.
No caso específico
do Rio Grande do Norte, dados atuais do Observatório da Violência Letal
Intencional (Obvio) mostram que as mais de 1000 mortes, neste primeiro
semestre do ano, representam um acréscimo de 26,7% em comparação com o
mesmo período do ano passado, quando 828 pessoas foram assassinadas no
estado.
Como medida de enfrentamento à violência, Fátima sugeriu
um debate profundo com especialistas, gestores e toda a sociedade. “O
governo tem de estar disposto a ouvir a sociedade. Somente com
mobilização e participação social na tomada de decisão por parte dos
diversos níveis de governo é que conseguiremos resolver o problema a
longo prazo, inclusive com a cobrança de ações do Governo Federal. É
preciso ter humildade e chamar a população, ouvir os especialistas,
chamar os movimentos sociais, as Universidades, os representantes do
empresariado, e aí sim, num grande movimento de união, buscarmos juntos
soluções para esse grave problema”, recomendou.
Fátima ainda
cobrou ampliação de investimentos sociais. Para ela, não existe dúvidas
de que a falta de investimentos sociais está diretamente ligada ao
aumento da criminalidade. “A questão da violência é muito complexa e
demanda grandes esforços para superá-la. Nós estamos cada vez mais
convictos de que quanto menores os investimentos sociais, mais ela vai
crescer em nosso País. Quanto menos políticas sociais, quanto menos
políticas públicas de inclusão, maior violência, maior criminalidade,
atingindo principalmente a juventude”, afirmou.
“É urgente que
tomemos atitudes para enfrentar esse cenário sombrio que se instalou no
nosso País. Temos que devolver, ao povo brasileiro, especialmente à
população potiguar, a tranquilidade de andar pelas ruas sem medo”,
completou a parlamentar.
(AgoraRN)
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