terça-feira, 6 de junho de 2017

Fátima: Governo precisa ouvir população no enfrentamento à Violência. Mais de 1000 mortes foram registradas no primeiro semestre do ano, um aumento de 26,7% em comparação com o mesmo período do ano passado

INSEGURANÇA
 

A senadora Fátima Bezerra lamentou, nesta segunda-feira (5) o aumento crescente da violência no país, com ênfase na situação do Rio Grande do Norte, que já registrou mais de 1000 assassinatos nos primeiros cinco meses deste ano. O Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda, também mostrou um aumento crescente da violência entre os anos de 2005 a 2015. Em 2015, aconteceram no Brasil 59.080 homicídios, o que equivale a uma taxa de 28,9 por 100 mil habitantes. Os números mostram que, em apenas três semanas, o total de assassinatos no país foi maior do que o número de pessoas mortas em todos os ataques terroristas no mundo, nos cinco primeiros meses de 2017, e que envolveram 498 casos, resultando em 3.314 indivíduos mortos, como comparou o relatório.

No caso específico do Rio Grande do Norte, dados atuais do Observatório da Violência Letal Intencional (Obvio) mostram que as mais de 1000 mortes, neste primeiro semestre do ano, representam um acréscimo de 26,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 828 pessoas foram assassinadas no estado.

Como medida de enfrentamento à violência, Fátima sugeriu um debate profundo com especialistas, gestores e toda a sociedade. “O governo tem de estar disposto a ouvir a sociedade. Somente com mobilização e participação social na tomada de decisão por parte dos diversos níveis de governo é que conseguiremos resolver o problema a longo prazo, inclusive com a cobrança de ações do Governo Federal. É preciso ter humildade e chamar a população, ouvir os especialistas, chamar os movimentos sociais, as Universidades, os representantes do empresariado, e aí sim, num grande movimento de união, buscarmos juntos soluções para esse grave problema”, recomendou.

Fátima ainda cobrou ampliação de investimentos sociais. Para ela, não existe dúvidas de que a falta de investimentos sociais está diretamente ligada ao aumento da criminalidade. “A questão da violência é muito complexa e demanda grandes esforços para superá-la. Nós estamos cada vez mais convictos de que quanto menores os investimentos sociais, mais ela vai crescer em nosso País. Quanto menos políticas sociais, quanto menos políticas públicas de inclusão, maior violência, maior criminalidade, atingindo principalmente a juventude”, afirmou.

“É urgente que tomemos atitudes para enfrentar esse cenário sombrio que se instalou no nosso País. Temos que devolver, ao povo brasileiro, especialmente à população potiguar, a tranquilidade de andar pelas ruas sem medo”, completou a parlamentar.

(AgoraRN)

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