LAVA JATO
SOLIDARIEDADE – O ex-senador Luiz Estevão vai empregar o ex-diretor de
Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, um de seus companheiros
de cela na Papuda (Mário Rodrigues/Mastrangelo Reino/Estadão
Conteúdo/VEJA)
O ex-senador Luiz Estevão,
condenado por desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São
Paulo e preso no Complexo Penitenciário da Papuda, vai dar uma ajuda e
tanto para um companheiro de cela. Ele ofereceu emprego a Henrique Pizzolato, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado no escândalo do mensalão a doze anos e sete meses de cadeia, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Pizzolato vai trabalhar na rádio OK FM, de Brasília, que pertence a Luiz Estevão.
Aposentado e com carreira sindical, Pizzolato estreará aos
64 anos como assistente de programação da rádio, com salário de 1.800
reais, pouco comparado ao que recebe de aposentadoria do BB, onde
trabalhou por mais de trinta anos – são 21.750 reais, conforme seus
advogados. Para passar ao semiaberto, Pizzolato pediu ao Supremo o
parcelamento da multa e alegou que sua aposentadoria estava comprometida
com despesas dele e da mulher, Andrea Eunice Haas. Talvez agora os
recursos sirvam para aliviar as finanças pessoais e facilitar o
pagamento das parcelas de 2.175 reais da multa imposta a Pizzolato pelo Supremo Tribunal Federal no mensalão, cuja cifra ultrapassa 2 milhões de reais.
Depois de esperar mais de dois anos, Pizzolato está prestes a
deixar o regime fechado e passar ao semiaberto. A condição era
justamente obter uma ocupação para trabalhar durante o dia (com direito a
generosas duas horas de almoço) e dormir na cadeia à noite. Sua defesa
anexou ao processo a proposta de emprego oferecida por Estevão, assinada
pela gerente da rádio “no intuito de colaborar com o seu retorno ao
convívio da sociedade”. Agora, basta o aval da Vara de Execuções Penais
do Distrito Federal para Pizzolato desfrutar do benefício.
( Por
Felipe Frazão/Veja.Abril.com.br)
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