sexta-feira, 23 de junho de 2017

Luiz Estevão dá emprego a companheiro de cela Henrique Pizzolato. Henrique Pizzolato vai trabalhar em rádio de Luiz Estevão para poder usufruir do direito ao regime semiaberto e deixar a penitenciária da Papuda

LAVA JATO
 
 SOLIDARIEDADE – O ex-senador Luiz Estevão vai empregar o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, um de seus companheiros de cela na Papuda (Mário Rodrigues/Mastrangelo Reino/Estadão Conteúdo/VEJA)


O ex-senador Luiz Estevão, condenado por desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e preso no Complexo Penitenciário da Papuda, vai dar uma ajuda e tanto para um companheiro de cela. Ele ofereceu emprego a Henrique Pizzolato, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado no escândalo do mensalão a doze anos e sete meses de cadeia, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Pizzolato vai trabalhar na rádio OK FM, de Brasília, que pertence a Luiz Estevão.

Aposentado e com carreira sindical, Pizzolato estreará aos 64 anos como assistente de programação da rádio, com salário de 1.800 reais, pouco comparado ao que recebe de aposentadoria do BB, onde trabalhou por mais de trinta anos – são 21.750 reais, conforme seus advogados. Para passar ao semiaberto, Pizzolato pediu ao Supremo o parcelamento da multa e alegou que sua aposentadoria estava comprometida com despesas dele e da mulher, Andrea Eunice Haas. Talvez agora os recursos sirvam para aliviar as finanças pessoais e facilitar o pagamento das parcelas de 2.175 reais da multa imposta a Pizzolato pelo Supremo Tribunal Federal no mensalão, cuja cifra ultrapassa 2 milhões de reais.

Depois de esperar mais de dois anos, Pizzolato está prestes a deixar o regime fechado e passar ao semiaberto. A condição era justamente obter uma ocupação para trabalhar durante o dia (com direito a generosas duas horas de almoço) e dormir na cadeia à noite. Sua defesa anexou ao processo a proposta de emprego oferecida por Estevão, assinada pela gerente da rádio “no intuito de colaborar com o seu retorno ao convívio da sociedade”. Agora, basta o aval da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para Pizzolato desfrutar do benefício.

( Por Felipe Frazão/Veja.Abril.com.br)

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