quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Conselho vai investigar caso do falso médico no HC da Unicamp. Presidente da entidade, Lavínio Nilton Camarim, disse que o papel desses funcionários é averiguar o currículo dos médicos que trabalham no hospital

MEDICINA
 
 Presidente do Cremesp, Lavínio Nilton Camarim (Osmar Bustos/CREMESP//)
 
O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Lavínio Nilton Camarim, disse nesta terça-feira em entrevista a VEJA que vai investigar a responsabilidade dos diretores técnico e clínico do Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, no caso do rapaz de 19 anos que se passou por médico e atuou no hospital nas últimas duas semanas.

“Se eles podem ser responsabilizados? Com certeza. Existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina – a 2147/2016 – que atribui a esses diretores a incumbência de averiguar os currículos dos médicos que se apresentam para trabalhar”, disse Camarim. “Vamos averiguar se eles fizeram isso com os dados que estamos levantando.”

Ex-estudante de fisioterapia, Victor Sabino Nunes atendia pacientes, prescrevia receitas e planejava atuar inclusive dentro no centro cirúrgico do hospital. Ele foi detido pela polícia e levado para a delegacia para prestar depoimento. O rapaz vai responder em liberdade pelo crime de falsidade ideológica.

Segundo o presidente do Cremesp, esse é o 27º caso de falsos médicos atuando no Estado desde o começo do ano. Camarim classificou o episódio como preocupante e disse que o Cremesp já instaurou uma sindicância para apurar o caso.

“Recebemos essa informação com grande preocupação. Já instauramos uma sindicância. O que envolver médicos, vamos investigar. E o que for caso de polícia, vamos enviar para a polícia”, afirmou o presidente da entidade.

( Por Ricardo Chapola/Veja.Abril.com.br)

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