A Prefeitura Municipal de Macaíba, cidade da Grande Natal, é alvo de
uma operação do Ministério Público Estadual na manhã desta quarta-feira
(1º) que investiga um contrato de iluminação pública celebrado com a
empresa Enertec Construções e Serviços Ltda no valor atual de R$
4.100.432,14. A ação é mais um desdobramento da operação Cidade Luz, deflagrada em 24 de julho passado pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Natal.
A investigação evidenciou a existência de um ajuste empresarial com o
objetivo de monopolizar os contratos do município de Macaíba na área de
iluminação pública, em conluio com os agentes públicos encarregados das
contratações. Segundo o MP, há indícios de superfaturamento e pagamento
de propina a agentes públicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e
Serviços Urbanos de Macaíba e da Secretaria Municipal de Administração e
Finanças.
Ainda segundo informações do MP, a empresa Enertec vem se sagrando
vencedora em todos os certames de iluminação realizados no município de
Macaíba desde o ano de 2007 e o valor da soma desses contratos firmados
nos últimos dez anos é de R$ 6.802.648,77.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo dois
em Natal, sete em Macaíba, um em Parnamirim, um em São Gonçalo do
Amarante e um em Recife; além de sete mandados de condução coercitiva
dos investigados Rawplácido Saraiva Maia, atual secretário de
Infraestrutura e Serviços Urbanos de Macaíba; Valdério Barbosa Vieira,
atual secretário de Administração e Finanças de Macaíba, Márcio Lucas de
Lima, assessor de Gabinete do prefeito de Macaíba; Alexandre Borges de
Aguiar e Nelson Antônio Medeiros de Lima, funcionários da empresa
Enertec em Macaíba; Antônio Felipe Pinheiro de Oliveira e Maurício
Ricardo de Moraes Guerra, este último sócio da Enertec.
A decisão judicial determinou, ainda, a suspensão do exercício de
qualquer função pública no município de Macaíba dos investigados
Rawplácido Saraiva Maia e Valdério Barbosa Vieira, que foram afastados
dos seus cargos atuais.
A Justiça também suspendeu o Termo Aditivo do Contrato número 02/2015,
que determinava sua prorrogação até 30 de janeiro de 2018.
A operação Alta Voltagem contou com a participação de 16 promotores de
Justiça do MPRN, além do apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado do MPRN (Gaeco) e do Gaeco de Pernambuco, e das
polícias potiguar e pernambucana.
( Por G1 RN)
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