quinta-feira, 23 de maio de 2019

Comissão da Câmara debate situação do Programa de Acessibilidade em Natal. Ficou encaminhado que será solicitada uma reunião com representantes do Ministério Público estadual para que seja cobrado o retorno dos veículos do PRAE por parte das empresas de ônibus

CMN
 
 Marcelo Barroso

Nesta quarta-feira, 22, em reunião da Comissão em Defesa dos Direitos das Pessoas com Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal, entidades e associações cobraram uma das contrapartidas das empresas de ônibus, relacionada à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, que é a destinação de micro ônibus para o Programa de Acessibilidade Porta a Porta – PRAE. 

Da reunião, que foi coordenada pela vereadora Divaneide Basílio (PT) e que participaram os vereadores Franklin Capistrano (PSB) e Raniere Barbosa (AVANTE), ficou encaminhado que será solicitada uma reunião com representantes do Ministério Público estadual para que seja cobrado o retorno dos veículos por parte das empresas de ônibus, já que foi acordada em Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), sendo ainda uma contrapartida para o reajuste da tarifa do transporte público.

“O aumento da passagem aconteceu condicionado ao retorno dos micro ônibus que já deveriam estar à disposição desde o reajuste do ano passado. Por isso estamos encaminhando à Prefeitura, Ministério Público e Seturn – Sindicato da Empresas de Transporte Urbano – tudo o que foi debatido nesta reunião e convidando para uma reunião para que seja oferecido o que é devido”, disse Divaneide Basílio.

Cerca de 250 cadeirantes estão sem realizar tratamento nas unidades de saúde por falta do transporte especial destinado a eles. A coordenadora do PRAE, Fernanda Pereira, explicou que o programa continua funcionando 24 horas e conta com sete ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde e duas vans. “Do Seturn há oito carros tipo doblôs, sendo dois adaptados que funcionam das 5h às  22h e ainda 12 carros pequenos do para pacientes que fazem hemodiálise. Faltam cinco micro ônibus para atender a demanda cadastrada no programa e que foram retirados no início do ano”, contou.

Com reajustes anteriores as empresas assinaram TACs com o Ministério Público. Segundo foi colocado na reunião, em 2018, com o reajuste da tarifa, deveriam ser destinados dez micro ônibus, mas apenas cinco ficaram à disposição. Os cinco foram então retirados em janeiro passado e a proposta era disponibilizar um, se a passagem do transporte tivesse novo reajuste, como ocorreu desde domingo passado.

“As empresas não cumprem com as suas obrigações com as pessoas com deficiência. Prova disso é a quantidade de ônibus com plataforma para cadeirantes, que é mínima e ainda apresentam falhas. É preciso que haja maior cobrança para que seja cumprido o que foi acordado”, disse Anibal Luiz, que participou da reunião como representante da Associação de Deficientes Visuais do estado (Adevirn).


(Por:AgoraRN)

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