CMN
Marcelo Barroso
Nesta quarta-feira, 22, em reunião da Comissão em Defesa dos Direitos
das Pessoas com Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal,
entidades e associações cobraram uma das contrapartidas das empresas de
ônibus, relacionada à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida, que é
a destinação de micro ônibus para o Programa de Acessibilidade Porta a
Porta – PRAE.
Da reunião, que foi coordenada pela vereadora Divaneide Basílio (PT) e
que participaram os vereadores Franklin Capistrano (PSB) e Raniere
Barbosa (AVANTE), ficou encaminhado que será solicitada uma reunião com
representantes do Ministério Público estadual para que seja cobrado o
retorno dos veículos por parte das empresas de ônibus, já que foi
acordada em Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), sendo ainda uma
contrapartida para o reajuste da tarifa do transporte público.
“O aumento da passagem aconteceu condicionado ao retorno dos micro
ônibus que já deveriam estar à disposição desde o reajuste do ano
passado. Por isso estamos encaminhando à Prefeitura, Ministério Público e
Seturn – Sindicato da Empresas de Transporte Urbano – tudo o que foi
debatido nesta reunião e convidando para uma reunião para que seja
oferecido o que é devido”, disse Divaneide Basílio.
Cerca de 250 cadeirantes estão sem realizar tratamento nas unidades
de saúde por falta do transporte especial destinado a eles. A
coordenadora do PRAE, Fernanda Pereira, explicou que o programa continua
funcionando 24 horas e conta com sete ambulâncias da Secretaria
Municipal de Saúde e duas vans. “Do Seturn há oito carros tipo doblôs,
sendo dois adaptados que funcionam das 5h às 22h e ainda 12 carros
pequenos do para pacientes que fazem hemodiálise. Faltam cinco micro
ônibus para atender a demanda cadastrada no programa e que foram
retirados no início do ano”, contou.
Com reajustes anteriores as empresas assinaram TACs com o Ministério
Público. Segundo foi colocado na reunião, em 2018, com o reajuste da
tarifa, deveriam ser destinados dez micro ônibus, mas apenas cinco
ficaram à disposição. Os cinco foram então retirados em janeiro passado e
a proposta era disponibilizar um, se a passagem do transporte tivesse
novo reajuste, como ocorreu desde domingo passado.
“As empresas não cumprem com as suas obrigações com as pessoas com
deficiência. Prova disso é a quantidade de ônibus com plataforma para
cadeirantes, que é mínima e ainda apresentam falhas. É preciso que haja
maior cobrança para que seja cumprido o que foi acordado”, disse Anibal
Luiz, que participou da reunião como representante da Associação de
Deficientes Visuais do estado (Adevirn).
(Por:AgoraRN)
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