O clima pesado entre Guedes e Marinho no governo. Controlar os gastos ou organizar os gastos antes que o Congresso imponha a despesa? O dilema no governo

ECONOMIA, BRASIL

 

  Marcelo Camargo/

Veja como anda leve o clima no governo diante dessa disputa de forças entre o controle de gastos versus ampliação de gastos para impulsionar a retomada econômica.

Paulo Guedes apelidou Rogério Marinho de “fura-teto”. O ministro é o principal defensor da retomada de obras e investimentos estruturais como motor da retomada.

Já Marinho chama Guedes de “pastor do deserto”, tamanha a audiência de sua pregação contra os gastos públicos. Para quem pensa como Marinho, o discurso de Guedes, apesar de mirar algo ideal, não se sustenta na conjuntura atual.

Ficar “pregando no deserto” não resolve, pois o Congresso acaba ignorando Guedes e autorizando gastos do mesmo jeito, como no caso dos 200 reais que viraram 600 reais no auxílio emergencial. Se é para fazer, Marinho prefere que o governo toque o processo. Daí o tal plano de investimento de 5 bilhões de reais em obras.

Guedes, por outro lado, vê o fundo do poço, para o governo, no plano de gastança e o impeachment anunciado. Argumentos poderosos.

 

(Por Robson Bonin/Radar)