Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Fabrice Coffrini/AFP
O Comitê de Emergência da Organização Mundial de
Saúde (OMS) prevê que a pandemia da covid-19 irá durar muito tempo e,
por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em
todo o mundo. Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou
675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.
O grupo de cientistas, que se reuniu por
videoconferência, avaliou a evolução da pandemia de covid-19, tendo em
conta toda a informação científica que surgiu sobre o novo coronavírus
nos últimos três meses, data da última reunião. O Comitê de Emergência
da OMS é composto por 18 cientistas de vários países.
"A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez
em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”,
disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité,
segundo um comunicado da organização.
O responsável fez também um balanço do que tem
acontecido, salientando que “muitos países que pensavam que o pior já
tinha passado estão agora enfrentando novos surtos, outros que tinham
sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos, enquanto
países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los”.
Recomendações
Entre as principais recomendações que o Comitê de
Emergência dirigiu à OMS está a necessidade de continuar a apoiar os
países com serviços médicos mais frágeis, bem como a necessidade de
continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um
ou mais tratamentos e vacinas para a covid-19.
O objetivo é que, quando existir uma vacina, os
países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de as
comprar.Ou seja, defendeu o Comitê, afirmando que a distribuição de
vacinas deve ser a mais equitativa possível.
Atualmente três potenciais vacinas (dos Estados
Unidos, da Inglaterra e China) estão na fase três dos ensaios clínicos,
para testar a sua segurança e eficácia.
A OMS referiu a este propósito que poderá ser
possível que uma vacina esteja pronta para comercialização “na primeira
metade de 2021”.
Relativamente às viagens, o Comite indicou que os
países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em
função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular.
Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde
sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o
rastreio de contatos.
(Por:Por
Agência Brasil
/Com informações da RTP )
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