COVID-19
Paulo Medina, membro do centro de contingência da Covid-19
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
Paulo Medina, morreu de covid-19 neste sábado em Belo Horizonte. Aos 79
anos, ele estava aposentado da Corte e não resistiu a complicações da
doença. O falecimento foi comunicado pelo tribunal neste domingo.
Em nota de pesar, o ministro Humberto Martins, presidente do STJ, lamentou a perda. "O Superior Tribunal de Justiça presta suas condolências à família do ministro Paulo Medina, que atuou no tribunal por nove anos. Que Deus, em sua infinita misericórdia, console a todos pela inestimável perda", diz a manifestação.
Medina assumiu a cadeira no STJ em 2001 e exerceu o cargo de ministro até a aposentadoria compulsória, em 2010, quando foi o primeiro e até hoje o único ministro da Corte destituído pelo Conselho Nacional de Justiça, na esteira de investigações sobre um suposto esquema de venda de sentenças. Na época, chamou o julgamento de ‘farsa’. O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a abrir processos sobre o caso, mas eles foram paralisados depois que a defesa de Medina alegou demência do magistrado.
O ex-ministro também foi professor em universidades públicas e particulares de Minas Gerais. Antes de seguir carreira na magistratura, primeiro como juiz e depois como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, foi advogado e vereador no município de Rochedo de Minas, onde nasceu.
Em nota de pesar, o ministro Humberto Martins, presidente do STJ, lamentou a perda. "O Superior Tribunal de Justiça presta suas condolências à família do ministro Paulo Medina, que atuou no tribunal por nove anos. Que Deus, em sua infinita misericórdia, console a todos pela inestimável perda", diz a manifestação.
Medina assumiu a cadeira no STJ em 2001 e exerceu o cargo de ministro até a aposentadoria compulsória, em 2010, quando foi o primeiro e até hoje o único ministro da Corte destituído pelo Conselho Nacional de Justiça, na esteira de investigações sobre um suposto esquema de venda de sentenças. Na época, chamou o julgamento de ‘farsa’. O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a abrir processos sobre o caso, mas eles foram paralisados depois que a defesa de Medina alegou demência do magistrado.
O ex-ministro também foi professor em universidades públicas e particulares de Minas Gerais. Antes de seguir carreira na magistratura, primeiro como juiz e depois como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, foi advogado e vereador no município de Rochedo de Minas, onde nasceu.
Kakay fala sobre Medina
O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, lamentou a morte de Paulo Medina e escreveu um breve
texto sobre o ex-ministro:
Tive a alegria de advogar para ele e continuo com
a firme certeza de que era absolutamente inocente. Nunca tinha falado
com ele, a não ser quando distribuía memoriais em audiência, e quando do
escândalo ,ele me ligou e, eu me lembro, fui a casa dele , ele abriu a
porta chorando e me disse:” não tenho como pagar seus honorários ,mas eu
confio no senhor como advogado.”
Eu disse a ele que advogar para um Ministro da Corte onde eu atuava era uma honra e uma distinção.
Na mesma semana a VEJA fez uma matéria maldosa
dos casos que eu tinha atuado tendo o Ministro como relator. Isto o
magoou profundamente.
Durante todo o processo ele se portou com muita
dignidade. E neste processo eu me convenci da importancia do Juiz de
Garantias, inclusive nos Tribunais. O Relator do processo , Ministro
Peluzo- meu amigo- recebeu o Procurador Geral mais de 50 vezes e
determinou toda sorte de medidas e , digo sem medo de errar- até porque
disse da Tribuna do Supremo- ficou impregnado com o caso. Agiu como um
acusador.
Registro isto em homenagem ao grande Ministro
Medina , um homem honesto, simples, correto que morreu hoje de Covid
mas, na verdade, já havia morrido com a injustiça que se abateu sobre
ele.
Kakay
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário