VAMOS COM CALMA AÍ
É preciso que haja concurso público para aumentar o quadro de policiais nas ruas"
Se a polícia não chega na hora, o jeito é agir – matar para não
morrer! Pelo menos é assim que pensa a maioria dos internautas, nas
dezenas de comentários publicados nas redes sociais do portal Agora RN,
diante da insegurança que assola a capital potiguar.
Ontem, em
dois assaltos distintos, no Tirol e Morro Branco, houve reação imediata.
No primeiro, o bandido foi baleado pela vítima e socorrido ao
pronto-socorro; No outro, uma testemunha atropelou o suspeito, que
morreu na avenida. Os justiceiros, claro, viraram heróis na web.
Embora
tal defesa seja intrínseca ao instinto humano, fazer justiça com as
próprias mãos é sempre uma medida de alto risco. Para o delegado
aposentado, Maurílio Pinto de Medeiros, nem mesmo a polícia, treinada
para agir nesse tipo de situação, está imune a um desfecho fatal. Tudo é
muito imprevisível.
Segundo ele, o governo deveria reduzir o
custo para a retirada do porte de arma, mas não revogar o estatuto do
desarmamento. “Apesar da burocracia atual, não seria boa ideia anular o
referendo. Por vezes, o criminoso só fica preso porque foi flagrado
portando, ilegalmente, uma arma de fogo”, justificou.
Ainda de
acordo com o ‘Xerife’, o governador Robinson Faria se preocupa de
verdade com a segurança pública e vem lutando com os recursos que têm,
diante da crise financeira. Ele acredita que as polícias civil e militar
vêm desempenhando bem o papel a que são atribuídas. Contudo, o efetivo
está aquém do ideal. “É preciso que haja concurso público para aumentar o
quadro de policiais nas ruas. Mas, paralelo a isso, o governo também
terá que investir em armamentos mais modernos, coletes e viaturas. As
delegacias precisam de reparos e de melhor infraestrutura”.
Mas,
como só prender não adianta, outra urgência governamental é a construção
de novos presídios em Natal, Grande Natal e Interior. “Tudo isso é
dinheiro, muito dinheiro. Infelizmente, não apostaram na educação e a
criminalidade aumentou. Além disso, o governo sucumbiu o poder de
organização das facções. Hoje, esses grupos estão disseminados em todo o
país. Agora, o trabalho vem em triplo para garantir a segurança do
cidadão”, observou Maurílio.
(AgoraRN)
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