O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (25) denúncia contra quatro senadores do PMDB: Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves Filho (RN) e Valdir Raupp (RO).
No mesmo inquérito, também foram
denunciados o ex-presidente José Sarney; o ex-presidente da Transpetro
(subsidiária da Petrobras) Sergio Machado; o ex-presidente da empresa
Odebrecht Ambiental Fernando Reis; e os executivos Luiz Fernando
Maramaldo e Nelson Maramaldo, sócios da empresa NM Engenharia.
A denúncia é resultante das
investigações sobre desvios em contratos da Transpetro. São apurados os
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O deputado federal Aníbal
Gomes (PMDB-CE) também era alvo do mesmo inquérito, mas não foi
denunciado.
O Ministério Público Federal (MPF)
informou que a nova denúncia tem como base os acordos de delação
premiada dos executivos Fernando Reis e Luiz Maramaldo, bem como a de
Sergio Machado, além de outras provas colhidas ao longo das
investigações.
Segundo Janot, entre os anos de 2008 e
2010, Renan, Jucá e Garibaldi Alves pediram com “vontade livre e
consciente, comunhão de desígnios e divisão de tarefas” vantagens
indevidas ao então presidente da Transpetro Sergio Machado, que então
solicitou o pagamento de propina aos sócios da NM Engenharia, em troca
de favorecer a empresa em contratos com a subsidiária da Petrobras.
Os pagamentos teriam sido feitos na
forma de doações legais a diretórios estaduais do PMDB. De acordo com
Janot, Raupp fez solicitação similar em 2012, com o objetivo de custear a
campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo. Machado, então,
recorreu ao executivo da Odebrecht Fernando Reis, escreveu Janot.
“Os dados mostram que os estados de
alguns dos membros do PMDB que são alvo da Operação Lava Jato receberam
em 2010 e em 2014 recursos em montante desproporcional ao tamanho do
eleitorado. Por outras palavras, os estados de domicílio eleitoral
desses investigados ou denunciados, e não os de maior eleitorado,
receberam os maiores volumes de recursos”, escreveu Janot.
( Agência Brasil)
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