"RUPTURA HISTÓRICA"
Aliado do candidato do PSD a governador, Robinson Faria, o presidente
do PT em Natal, Juliano Siqueira, avalia que o Rio Grande do Norte está
tendo a oportunidade, nessas eleições, de sepultar um passado inglório,
de políticos defasados, que não elevaram o patamar de desenvolvimento
do Estado, e que estão unidos com o único propósito de se perpetuar no
poder. “Estamos enfrentando seis décadas de dominação política no RN”,
afirma ele, em entrevista ao Jornal de Hoje.
Crítico mordaz do atual presidente da Câmara dos Deputados e candidato da coligação “União pela Mudança”, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), o dirigente partidário do PT considera a união de todas as forças tradicionais da política estadual como uma tentativa de transformar o RN numa espécie de dinastia.
“Considero a situação do RN mais que oligárquica, mas dinástica, porque é uma questão familiar. Oligarquia se vê como grupo, mas, no RN, se reúne elementos do império romano com o reinado faraônico, com a continuidade de dominação de determinadas famílias, no caso, Maias, Alves, Rosados”, diz Siqueira, que é professor de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Segundo ele, a chapa que tem Robinson Faria como candidato ao governo e a deputada federal Fátima Bezerra disputando o Senado enfrenta a união de todos os ex-governadores do Estado, que se uniram em torno da candidatura de Henrique. “Estamos enfrentando, na verdade, mais de seis décadas de dominação política no RN. Todos os governadores desse período se uniram em torno da candidatura do deputado Henrique: Wilma, que é a continuidade do dinartismo, Henrique, que é a sequencia de Aluizio Alves, Agripino, que traz o passado de Tarcísio Maia”.
E quanto a Robinson, seria diferente? Siqueira admite que, em origem política, não. Afinal, o pessedista não é cria dos movimentos sociais. Entretanto, nessas eleições, o vice-governador encarna a ruptura total com a tradição política do Estado. “Robinson tem origem não nos movimentos sociais e populares, mas de cima, inicia em 88, dependente da candidatura de Jessé Freire. Mas, nesse momento, sua eleição reflete a possibilidade de ruptura histórica no RN. Eleição que representa ou a continuidade com todo o processo de destruição econômica e política, todo atraso social, toda indigência ética a que fomos submetidos nos últimos anos, ou se abre um campo novo, com Robinson”, afirma.
Houve um momento na história política do Estado, segundo Juliano Siqueira, em que a então governadora Wilma de Faria teve a oportunidade de representar a quebra de paradigma na política potiguar. “Ela teve todas as condições de fazer, mas fez opção, se realinhou com todas as forças dominantes, quando se alinhou com todas essas forças, se perdeu”, avalia.
Já Robinson rompeu com esse grupo. “Nós, PT e PSD, tivemos uma aproximação gerada por fatos objetivos: o acordão montado por Henrique, com o único princípio de não perder e com o objetivo de liquidar com o PT, diante da grande votação de Fernando Mineiro em 2012, que foi derrotado nas pesquisas. Esse foi o ponto um. O segundo inimigo deles era Robinson, que queria espaço e não deram. Essa união do PT e do PSD foi determinada por fatores objetivos, e está sendo continuada por fatores de natureza subjetiva. Temos programas comuns, inimigos comuns, e vamos derrotá-los”.
“Dona Wilma está derrotada. E vamos derrotar Henrique”
O vereador George Câmara, do PC do B, candidato a deputado estadual nas eleições de outubro, comentou o resultado da última pesquisa de opinião pública, que apresenta vantagem do candidato do PMDB, Henrique Eduardo sobre seu opositor, Robinson Faria, do PSD. Ele disse que “a campanha é uma dinâmica” e com a apresentação dos programas eleitorais no rádio e na televisão “a tendência é a candidatura de Robinson Faria crescer”, já que segundo ele, “está sendo estabelecido um vínculo com o eleitor”. Da mesma forma, o vereador comunista diz acreditar no crescimento da candidatura de Fátima Bezerra para o Senado.
Para a presidência da República, George Câmara entende que a repercussão da morte de Eduardo Campos deve diminuir, mas entende que haverá 2º turno com a presença de Dilma Rousseff disputando com Aécio Neves, do PSDB ou Marina Silva, do PSB. “Certamente, a presidenta Dilma Rousseff estará no 2º turno e aí haverá o julgamento, não de um momento, mas de uma história”, ressalta o vereador do PC do B, partido que indicou o nome de Fábio Dantas para companheiro de chapa do vice-governador Robinson Faria.
RESULTADO É A REALIDADE
De acordo com o candidato a deputado estadual, Álvaro Dias, do PMDB, o resultado das pesquisas reflete a realidade do que aconteceu a partir do momento em que a coligação de formada apor Henrique Eduardo congregou vários partidos políticos e as principais lideranças do Rio Grande do Norte. Segundo o ex-presidente da Assembleia Legislativa, diante dessa união de partidos e suas respectivas lideranças e pelo fato de existir apenas 2 candidaturas competitivas, o pleito deverá ser decidido no 1º turno. “Em Caicó, por exemplo, o nosso grupo político está unido e Henrique Eduardo conta também com o sistema do deputado Vivaldo Costa, o que dará uma grande vitória ao nosso candidato naquele importante município da região do Seridó”, salienta Àlvaro Dias, dizendo também acreditar no sucesso eleitoral da candidatura à senadora, Wilma de Faria. (JP)
Crítico mordaz do atual presidente da Câmara dos Deputados e candidato da coligação “União pela Mudança”, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), o dirigente partidário do PT considera a união de todas as forças tradicionais da política estadual como uma tentativa de transformar o RN numa espécie de dinastia.
“Considero a situação do RN mais que oligárquica, mas dinástica, porque é uma questão familiar. Oligarquia se vê como grupo, mas, no RN, se reúne elementos do império romano com o reinado faraônico, com a continuidade de dominação de determinadas famílias, no caso, Maias, Alves, Rosados”, diz Siqueira, que é professor de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Segundo ele, a chapa que tem Robinson Faria como candidato ao governo e a deputada federal Fátima Bezerra disputando o Senado enfrenta a união de todos os ex-governadores do Estado, que se uniram em torno da candidatura de Henrique. “Estamos enfrentando, na verdade, mais de seis décadas de dominação política no RN. Todos os governadores desse período se uniram em torno da candidatura do deputado Henrique: Wilma, que é a continuidade do dinartismo, Henrique, que é a sequencia de Aluizio Alves, Agripino, que traz o passado de Tarcísio Maia”.
E quanto a Robinson, seria diferente? Siqueira admite que, em origem política, não. Afinal, o pessedista não é cria dos movimentos sociais. Entretanto, nessas eleições, o vice-governador encarna a ruptura total com a tradição política do Estado. “Robinson tem origem não nos movimentos sociais e populares, mas de cima, inicia em 88, dependente da candidatura de Jessé Freire. Mas, nesse momento, sua eleição reflete a possibilidade de ruptura histórica no RN. Eleição que representa ou a continuidade com todo o processo de destruição econômica e política, todo atraso social, toda indigência ética a que fomos submetidos nos últimos anos, ou se abre um campo novo, com Robinson”, afirma.
Houve um momento na história política do Estado, segundo Juliano Siqueira, em que a então governadora Wilma de Faria teve a oportunidade de representar a quebra de paradigma na política potiguar. “Ela teve todas as condições de fazer, mas fez opção, se realinhou com todas as forças dominantes, quando se alinhou com todas essas forças, se perdeu”, avalia.
Já Robinson rompeu com esse grupo. “Nós, PT e PSD, tivemos uma aproximação gerada por fatos objetivos: o acordão montado por Henrique, com o único princípio de não perder e com o objetivo de liquidar com o PT, diante da grande votação de Fernando Mineiro em 2012, que foi derrotado nas pesquisas. Esse foi o ponto um. O segundo inimigo deles era Robinson, que queria espaço e não deram. Essa união do PT e do PSD foi determinada por fatores objetivos, e está sendo continuada por fatores de natureza subjetiva. Temos programas comuns, inimigos comuns, e vamos derrotá-los”.
“Dona Wilma está derrotada. E vamos derrotar Henrique”
O vereador George Câmara, do PC do B, candidato a deputado estadual nas eleições de outubro, comentou o resultado da última pesquisa de opinião pública, que apresenta vantagem do candidato do PMDB, Henrique Eduardo sobre seu opositor, Robinson Faria, do PSD. Ele disse que “a campanha é uma dinâmica” e com a apresentação dos programas eleitorais no rádio e na televisão “a tendência é a candidatura de Robinson Faria crescer”, já que segundo ele, “está sendo estabelecido um vínculo com o eleitor”. Da mesma forma, o vereador comunista diz acreditar no crescimento da candidatura de Fátima Bezerra para o Senado.
Para a presidência da República, George Câmara entende que a repercussão da morte de Eduardo Campos deve diminuir, mas entende que haverá 2º turno com a presença de Dilma Rousseff disputando com Aécio Neves, do PSDB ou Marina Silva, do PSB. “Certamente, a presidenta Dilma Rousseff estará no 2º turno e aí haverá o julgamento, não de um momento, mas de uma história”, ressalta o vereador do PC do B, partido que indicou o nome de Fábio Dantas para companheiro de chapa do vice-governador Robinson Faria.
RESULTADO É A REALIDADE
De acordo com o candidato a deputado estadual, Álvaro Dias, do PMDB, o resultado das pesquisas reflete a realidade do que aconteceu a partir do momento em que a coligação de formada apor Henrique Eduardo congregou vários partidos políticos e as principais lideranças do Rio Grande do Norte. Segundo o ex-presidente da Assembleia Legislativa, diante dessa união de partidos e suas respectivas lideranças e pelo fato de existir apenas 2 candidaturas competitivas, o pleito deverá ser decidido no 1º turno. “Em Caicó, por exemplo, o nosso grupo político está unido e Henrique Eduardo conta também com o sistema do deputado Vivaldo Costa, o que dará uma grande vitória ao nosso candidato naquele importante município da região do Seridó”, salienta Àlvaro Dias, dizendo também acreditar no sucesso eleitoral da candidatura à senadora, Wilma de Faria. (JP)
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