domingo, 2 de novembro de 2014

Jornalista da CBN é preso sob acusação de cometer pedofilia na internet. Homem de 31 anos tinha condenação no Paraná por aliciamento de crianças

CADEIA
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Um jornalista foi preso nesta terça-feira (28) pela Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto (DIG) por pedofilia na internet. Paulo Ruy Francisco de Bueno Pacheco, 31 anos, estava foragido da Justiça do Paraná e é investigado pela Polícia de São Paulo por possíveis crimes cometidos em Ribeirão Preto e Praia Grande.

No Paraná, ele foi condenado pela Justiça Federal a cinco anos de prisão por divulgação de pedofilia na internet. Em Ribeirão, Paulo foi indiciado nesta terça por aliciar crianças pela internet, com fins sexuais, conforme o artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente – o mesmo que gerou sua condenação no estado vizinho.

Há cerca de um mês, o jornalista era investigado pela DIG. O delegado Ricardo Turra, responsável pelo caso, explica que foi procurado por uma mãe com a denúncia de que seu filho, de 11 anos, estaria sendo assediado por Paulo através do Facebook.

Após a denúncia, os policiais iniciaram uma investigação e constataram que o homem assediava crianças, principalmente meninos de 8 a 11 anos, através de perfis na rede social. De acordo com as investigações, ele se tornava amigo das crianças para manter com elas conversas de conteúdo sexual.
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“Ele, inclusive, falava para as crianças o que gostaria de fazer com elas, com conotação totalmente sexual”, relatou Turra. De acordo com o delegado, Paulo aliciava os meninos tanto pela sua página no Facebook, quanto por um perfil falso, criado só para a prática do crime, na qual ele teria mais de 800 crianças adicionadas como amigas.

A Polícia Civil havia cumprido mandato de busca e apreensão na casa de Paulo há alguns dias, mas ele não estava e não havia computadores no local. Nesta terça, o jornalista se apresentou na delegacia para prestar depoimento, sem imaginar que a polícia já tinha conhecimento de que ele estava foragido do Paraná.
Paulo foi preso e seria levado nesta terça mesmo para o Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto.
A família e o advogado do jornalista estiveram na delegacia e afirmaram que vão recorrer da decisão do Paraná e defender Paulo das acusações recentes. “Ele não fez nada, não teve contato com as crianças. Foi só pela telinha do computador”, afirmou o advogado, que preferiu não ter seu nome divulgado.
“É um crime que choca. Uma pessoa já condenada pela Justiça, que continuava a praticar crimes e veio se estabelecer aqui. Também somos pais. Temos filhos, crianças”, desabafou Turra.


Fonte: A Cidade

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