TRÂNSITO EM PONTA NEGRA
Entre as zonas Sul e Norte, o novo governo já anunciou que dará prioridade à segunda, pelo menos em matéria de mobilidade urbana. Embora relatem as dificuldades no trânsito, em horário de pico, motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres que se deslocam pela avenida engenheiro Roberto Freire, não têm discurso comum quando o assunto é necessidade de uma obra estruturante, como a que foi colocada em segundo plano – ao menos em discurso – pelo governador eleito Robinson Faria (PSD).
O motorista Davi Barros acredita que intervenções urbanas são necessárias na região próxima ao “Viaduto de Ponta Negra”. “Principalmente uma passagem para pedestres, um viadutozinho. Acho que tem que dar prioridade para cá porque lá já tem duas pontes”, ponderou. Para ele, o trânsito é ruim apenas nos horários de pico durante a manhã e à noite.
Outro motorista, que também é ciclista, vê a necessidade de uma obra para instalar uma ciclovia na rodovia estadual. “Não uso tanto carro, ando mais de bicicleta. O grande problema daqui é que as pessoas passam tirando fino muito perto dos ciclistas onde não tem ciclovia. E o Código Brasileiro de Trânsito já tem uma norma que estabelece que o motorista passe pelo menos a 1,30 metro de distância”, falou Jeferson Falcão.
Ele também observou que houve uma explosão do número de ciclistas em Natal, o que justificaria uma intervenção na avenida. Por sua vez, a instalação de uma ciclovia estimularia mais gente a se deslocar utilizando o veículo de energia limpa (energia humana) e desafogando o tráfego de carros.
Para o motorista Valdir Araújo, o trânsito complicado da via “depende do horário”. Ele classifica o trânsito como regular. “Acho que não precisa de obra não, porque o trânsito aqui depende do horário”, disse. Wessel Silva é outro condutor que concorda com essa análise. “É muito tranquilo dá pra andar normal”, afirmou. Alex de Souza, mais um dos motoristas que passam todos os dias pelo local, ponderou: “o pior mesmo é só a partir das três horas da tarde em diante”.
Os motociclistas, acostumados a andar no corredor (espaço lateral entre o carro de uma faixa e outro), são unanimidade. Para eles não há necessidade de intervenção. “O trânsito aqui é razoável principalmente para mim que ando de moto. Das seis da noite é que dá engarrafamento e principalmente na sexta-feira dobra”, considerou, embora não veja necessidade de reestruturação da via.
Da mesma forma vê Ivanaldo Nascimento. Quase todos os dias ele passa pela Roberto Freire para vender lanches em sua moto. “O trânsito aqui não é ruim demais não. Só quando acontece algum acidente. Mas lá em Igapó é bem pior. A Ponte lá vai melhorar para o pessoal dos carros porque pra gente não tem muita diferença”, comentou.
A cuidadora de idosos Leniclécia da Cunha passa todas as segundas-feiras pela rodovia estadual que corta a zona Sul de Natal de ônibus. “O trânsito aqui é bem confuso. Uma obra é sempre bom, acho que precisa mesmo. Acho que trocar nunca é justo. Se ele ganhou tem que suprir as necessidades de toda a cidade”, opinou.
A servidora pública federal aposentada Solemar Praxedes conta as dificuldades que enfrenta como pedestre. “Péssimo. O pessoal não respeita nada, cortam sinal, às vezes eles não esperam nem que a gente passe direito na faixa de pedestre”, reclamou. “Uma passarela, mesmo que pequena seria ótimo”, sugeriu.
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