SERRA
O
senador eleito José Serra (PSDB-SP) depôs na quinta-feira na Polícia
Federal (PF) de São Paulo no inquérito que investiga o cartel dos trens
do Metrô paulista. A PF não divulga detalhes do que Serra disse em seu
depoimento, alegando que “enquanto o inquérito estiver em andamento,
nenhuma informação pode ser divulgada”, segundo informações da
assessoria de comunicação do órgão divulgadas nesta sexta-feira.
Serra, no entanto, teria dito que no
período em que foi governador (de 2006 a 2010), nenhuma empresa foi
beneficiada no sistema metroferroviário do Estado. Procurada, a
assessoria de imprensa do senador eleito também disse não ter detalhes
do depoimento.
O ex-governador foi intimado para depor
porque um executivo da Siemens, Nelson Branco Marchetti, teria dito que
num encontro na Holanda no ano de 2008, o então governador Serra teria
dito que se a multinacional alemã fosse à Justiça contra licitação
vencida pela empresa espanhola CAF, ele anularia a concorrência, porque o
preço da Siemens era 15% maior.
O executivo da empresa alemã disse que
no edital havia uma exigência de um capital social integralizado que a
CAF não possuía e que, mesmo assim, Serra e seus secretários fizeram de
tudo para defender a CAF. Serra teria dito na PF que a sua preocupação
era preservar o erário, já que a CAF venceu a concorrência pelo critério
de menor preço. A CAF, contudo, é citada na denúncia do cartel de trens
de São Paulo como integrante do esquema de corrupção que funcionaria no
sistema de trens desde 1996, nos governos de Mário Covas, Geraldo
Alckmin e José Serra, todos do PSDB.
O Globo
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