quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Indonésia ameaça suspender compra de aviões do Brasil. Relações entre os dois países estão estremecidas após a execução de brasileiro na Indonésia. Dilma se recusou a receber as credenciais de novo embaixador

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O presidente da Indonésia, Joko Widobo (Centro), ao lado do embaixador indonésio no Brasil, Toto Riyanto, e a ministra de Exteriores, Retno Marsudi (Foto:  EFE/Rusman/Presidential Palace/Hando )
 
O governo da Indonésia ameaçou reconsiderar a compra de material do Brasil, no momento em que as relações entre os dois países estão abaladas pela execução do brasileiro Marco Archer em janeiro, informou nesta terça-feira (24) a imprensa local.

Na sexta-feira (20), a presidente Dilma Rousseff se recusou a entregar as credenciais ao novo embaixador indonésio no Brasil, Toyo Riyanto. O diplomata só soube que não poderia participar da cerimônia em que representantes de outros países foi recebidos por Dilma quando já estava no Palácio do Planalto, vestido em trajes típicos. Após o episódio, o governo indonésio chamou o embaixador de volta a Jacarta e apresentou protesto formal às autoridades brasileiras.

O vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, disse que Jacarta poderia reconsiderar a compra de 16 aviões de combate EMB-314 Super Tucano e lança-mísseis, segundo o diário The Jakarta Post.


As relações entre o Brasil e a Indonésia atravessam um período de crescente tensão desde que a nação asiática executou Archer por tráfico de drogas, ignorando o pedido de clemência da presidente Dilma. Há outro brasileiro no corredor da morte na Indonésia. O Brasil pede a suspensão da execução e a internação de Rodrigo Gularte, diagnosticado com esquizofrenia. 

O presidente da Indonésia rejeitou o pedido de clemência do Brasil, Austrália e França, países que têm cidadãos no corredor da morte. Sem informar data,  Joko Widobo afirmou que as execuções estão mantidas e não serão adiadas.

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