THIAGO POTIGUAR
O jogador Jonatas Thiago da Silva Lima, zagueiro do Palmeira de
Goianinha preso logo após a vitória do time diante do Baraúnas, na noite
do último sábado (21), negou que tenha participado do assalto na casa
de praia de policiais civis em Barreta, no litoral Sul do estado. O
atleta de 22 anos foi detido após policiais civis da Delegacia em Defesa
da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) e perante uma das vítimas -
a agente de polícia civil que teve a arma e o carro roubados - negou
participação no crime. Ele foi detido em cumprimento de um mandado de
prisão expedido pela Justiça de Nísia Floresta.
Divulgação/Polícia Civil
Zagueiro Thiago Potiguar foi detido durante a comemoração da vitória do Palmeira sobre o Baraúnas no último sábado
Em vídeo gravado por policiais civis que circula por meio do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, o suspeito é questionado pela policial assaltada, que relata como foi ação dos criminosos. "Nós conversamos e eu lhe chamei de 'meu filho', porque você se parece com o meu filho. Eu disse: meu filho, não faça nada com a gente porque estamos de saída daqui. Pegue as coisas", disse ela, antes de entregar o aparelho celular e chave do carro. "Vá com Deus", completou a agente.
Na sequência do vídeo, o rapaz disse que não estava no local do crime. "Eu não estava não, senhora", declarou. A agente, que reconheceu o rapaz como um dos assaltantes, pede o suspeito não negue a participação no assalto. "Não negue, porque vai piorar para você na Justiça", reforça ela.
O assalto aconteceu no dia 4 de fevereiro na praia de Barreta, no litoral Sul do estado. Além de Thiago, outros três homens teriam participado da ação. Na delegacia, o atleta de 22 anos disse que estava concentrado no dia do crime. "Posso provar minha inocência, tenho como provar que no dia 4 eu estava concentrado no clube", declarou. O Palmeira havia jogado no dia 1º e fevereiro - quando estreou no Campeonato Potiguar - e depois jogou no dia 8, quando enfrentou o ABC no Estádio Frasqueirão, em Natal.
Clube acredita na inocência do jogador
Segundo Willian Souto, presidente do Palmeira, o clube está levantando informações sobre o que aconteceu. "Temos todo o registro do cronograma que pode provar se ele estava ou não no clube no dia do assalto. Agora pela manhã vou me reunir com a diretoria para fazermos esse levantamento e ajudar da forma como for possível", declarou o mandatário.
Ainda de acordo com Willian, a diretoria acredita na inocência do atleta até que apareça uma prova da participação dele no assalto. "Conheço o Thiago e sei que ele nunca foi de se envolver com essas coisas. Estamos dando todo o apoio necessário e disponibilizamos um advogado para acompanhar o caso. Também não vamos rescindir contrato sem que haja uma prova", explicou ele.
O presidente do Palmeira afirmou ainda que o jogador disse que o irmão dele, que atualmente estaria morando na Bahia, teria sido o responsável pelo assalto aos policiais. "Ele disse que foi irmão, que eu não conheço. O Thiago e esposa dele dizem que os dois se parecem muito, então pode realmente ter sido o irmão do nosso jogador", disse. "Vamos correr atrás de provar a inocência dele. Se ele realmente estava concentrado, nós temos como provar. As pessoas e os torcedores não podem julgar o atleta sem antes ser provado que ele tenha realmente participado deste assalto", reforçou Willian.
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