O ABC Futebol Clube passou em 2015 por uma de suas piores temporadas na história. Os aspectos são batidos e rebatidos, mas não custa nada relembrar: derrota dentro do Frasqueirão para o América na final do Campeonato Estadual, a pior campanha do clube na Série B e recordes negativos históricos... E la nave va.

As críticas das chapas oposicionistas aos atuais dirigentes alvinegros são merecidas. E muito merecidas. No entanto, não é demais lembrar dois pontos, no meio desta enxurrada de críticas e acusações que dioturnamente pululam principalmente nas redes sociais. 

Primeiro: o ABC não acabou. A temporada 2015 foi melancolicamente finalizada frente ao Boa Esporte (pobre Jeferson Balinha...), mas 2016 já está batendo na porta e não se sabe rigorosamente nada sobre o que o clube fará com relação, por exemplo, à entrada no Profut, formação de comissão técnica e elenco. E enquanto os "cardeais" alvinegros trocam farpas, o América, mal ou bem, já definiu boa parte do elenco e seu treinador para a próxima temporada.

Segundo: a atual ala forte da oposição, encabeçada pelo ex-presidente Judas Tadeu, já errou tanto quanto Rubens Guilherme e cia. Sob o comando de Tadeu, para citar alguns pontos,, o ABC já ficou sem disputar nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro, sem ganhar título algum por quatro anos e entregou, em 2009, o clube rebaixado para a Série C após uma campanha com 35 pontos - apenas três a mais do que a campanha de 2015.

As trocas de críticas e acusações não vão pagar as contas do ABC. Só farão com que o buraco em que o clube se encontra fique cada vez mais fundo. A briga dos dirigentes pelo poder de comandar o clube pelos próximos três anos só faz piorar a situação, que chegou a tal ponto que foi preciso de uma decisão judicial para que as chapas de oposição tivessem acesso à lista de sócios aptos a votarem no pleito eleitoral alvinegro.

Ou se pensa no ABC ou o destino, que se avizinha em 2016, se mostra terrível.

por: Paulo Nascimento/NOVO