Com desistências, incertezas e busca por candidatos alternativos, o
ano eleitoral começa com poucas definições quanto à sucessão municipal
na capital potiguar e no interior do estado. O quadro deve ficar mais
claro apenas a partir do fim do primeiro trimestre, segundo atores
políticos ouvidos pelo NOVO na primeira semana de 2016. Em 245 dias,
encerra-se o prazo para inscrição de candidatos e a campanha começa, de
fato.
Pelos novos prazos e regras eleitorais, os
políticos terão até o início de março (30 dias antes da data final de
filiações, em 2 de abril) para aproveitarem uma janela eleitoral e
trocarem de partido sem prejuízo de perderem cargos eletivos. Dependendo
das mudanças de siglas, mesmo as alianças que são desenhadas atualmente
poderão ser impactadas.
Apesar de ainda não falar
sobre eleições, o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) já é considerado
pré-candidato à reeleição em Natal, movimentando inclusive os
bastidores quanto ao nome que vai compor a chapa como candidato a vice. O
PMDB, partido dos seus primos, ministro do Turismo Henrique Eduardo
Alves e senador Garibaldi Alves Filho também se aproxima cada vez mais
da gestão. Garibaldi diz que, no que depender dele, irá “lutar pelo
apoio do partido a Carlos Eduardo”. Ao NOVO, o prefeito disse que vai
começar a sua reeleição ainda este mês, e quer o PSB da vice Vilma de
Faria ao seu lado.
O PMDB deverá indicar o vice
no lugar do PSB da vice-prefeita Wilma de Faria. Nos bastidores, os
nomes mais comentados são do secretário Municipal de Turismo, Fred
Queiroz, e do presidente da Fecomércio (Federação do Comércio-RN),
Marcelo Queiroz. Em contato com a reportagem, Fred negou que já exista
discussão sobre o assunto e não respondeu se vai ser candidato.
Pelo
menos oficialmente ainda não há certeza sobre a postura do PSB em caso
de perder a vice-prefeitura. Wilma de Faria, a vice atual, se recupera
atualmente de cirurgia, e sua filha, a deputada estadual Márcia Maia,
não retornou o contato da reportagem feito através de sua assessoria de
imprensa.
O deputado federal Rafael Motta,
filiado recentemente ao PSB a convite do diretório nacional, poderia
assumir o partido e ser candidato ao Executivo, conforme discussões de
bastidores. As informações, entretanto, não são confirmadas. De acordo
com a assessoria do deputado, que não atendeu à reportagem por estar em
viagem, Motta só deverá apresentar alguma postura em relação às eleições
no final de janeiro.
PMDB
Vislumbrando
os movimentos dos Alves, o deputado estadual Hermano Morais vê suas
chances de candidatura cada vez mais distantes, apesar de ter sido um
dos primeiros a lançar o próprio nome à pré-candidatura pelo PMDB no ano
passado. Ele voltou a defender que o partido deveria apresentar
candidatura própria, como aconteceu em 2012 quando foi candidato à
prefeitura de Natal. Ele foi para o segundo turno e recebeu 43% dos
votos, depois de duas décadas sem lançar um nome da legenda. Hermano
reconheceu, porém, que isso é praticamente impossível.
“A
posição que vem sendo tomada pelo partido é fazer uma composição com o
prefeito Carlos Eduardo. A possibilidade de minha candidatura é muito
distante”, reforçou. Apesar de contrariado, o deputado não deverá deixar
a legenda.
O senador Garibaldi Alves confirmou o
desejo de apoiar Carlos Eduardo a partir de duas ponderações. “A
primeira é que Carlos Eduardo trouxe um considerável apoio à candidatura
de Henrique (Alves) a governador. A outra é que se demonstra pelas
pesquisas, e temos que ser pragmáticos, que ele tem uma grande aprovação
na cidade”, salientou. O senador disse ainda que a candidatura própria
defendida por Hermano é uma prioridade, mas é preciso avaliar outras
hipóteses.
Garibaldi também ressaltou que ainda não foi
escolhido um candidato a vice, “até porque não houve discussão ainda com
o prefeito, com a comissão executiva e o diretório municipal”.
por:Igor Jácome/NOVO

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