O vice-presidente Michel Temer confirmou nesta terça-feira, 12, que
apoia a indicação do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) para assumir a
Secretaria de Aviação Civil. "Ele é o meu companheiro, é secretário do
partido há muitíssimos anos. É um ótimo quadro", disse.
Após
ser sondado pelo Palácio do Planalto, Lopes havia demonstrado interesse
em assumir a pasta, mas sinalizou a aliados que só iria aceitar o
convite com a bênção de Temer, que é presidente nacional do PMDB.
Depois
de uma conversa de mais de uma hora, o deputado deixou o gabinete do
vice afirmando que Temer apoiaria o seu nome para o cargo caso o convite
fosse oficializado pela presidente Dilma Rousseff. Em seguida, o vice
endossou as palavras do correligionário.
A
indicação de Lopes para o ministério faz parte da estratégia do governo
para ajudar a reconduzir Leonardo Picciani (RJ), que é contra ao
impeachment de Dilma, à liderança do PMDB na Câmara. Ao oferecer espaço
ao parlamentar mineiro, o Planalto tenta neutralizar a bancada do
partido de Minas Gerais, que quer indicar um candidato para concorrer
com Picciani.
Preocupado com articulação para
tirá-lo da presidência nacional do PMDB, Temer tem procurado manter uma
relação de menos confronto tanto com os parlamentares do partido quanto
com o Planalto. Aliados do vice, porém, têm se mostrado incomodados com a
articulação do governo para influenciar na disputa pela liderança.
No
próximo dia 28, Temer vai iniciar uma série de viagens pelo Brasil para
consolidar a preferência pelo seu nome dentro do PMDB. Questionado
sobre o que achava das manifestações a favor do nome do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para assumir o comando da sigla,
Temer desconversou e afirmou que desconhecia o fato.
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