sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Presos do RN passam a usar tornozeleiras eletrônicas

TORNOZELEIRAS
Presos do regime semiaberto e detidos em regime domiciliar serão monitorados 24h por dia no Rio Grande do Norte. Adquiridas em setembro do ano passado, as 500 tornozeleiras eletrônicas começam a ser utilizadas até a próxima semana, garantiu o secretário Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc), Cristiano Feitosa. 
 
O uso do equipamento também poderá ser expandido para outros tipos de reclusos, uma vez que uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que trata das audiências de custódia prevê que as tornozeleiras também poderão ser utilizadas como medida excepcional. E uma quarta possibilidade é direcionada para casos da Lei Maria da Penha como medida protetiva.
 
Mesmo sem divulgar quanto o estado vai economizar com o uso do equipamento de monitoramento, o titular da Sejuc cita o exemplo dos presos do regime semiaberto custodiados em Parnamirim, que conta com 118 detidos.  “Lá a gente paga aluguel, alimentação, energia, equipe de agentes, então o custo de 118 tornozeleiras é menor que a manutenção dessa unidade”. Cada tornozeleira vai custar R$ 275 ao estado. O custo médio de um preso no regime fechado é de R$ 3 mil. Em Natal são 411 presos cumprindo regime semiaberto.
 
Segundo ele, além da vantagem econômica, o fato de os presos serem acompanhados por 24h, o que atualmente não acontece, a novidade vai provocar um controle maior sobre a localização dos apenados. “Hoje eles vão para dormir e durante o dia a gente não sabe onde estão e os que estão fazendo, já com a tornozeleira eles dormem em casa e vamos poder acompanhar onde estão durante o dia”, disse o secretário. 
 
Para monitorar as atividades dos presos com tornozeleiras, a Sejuc instalou uma central de monitoramento. O espaço fica situado na Escola de Governo, próximo ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública. No local serão 15 agentes trabalhando 24h supervisionando os passos de cada preso. Para a função, eles passaram por duas etapas de treinamento. A primeira de 19 a 23 de outubro do ano passado e a segunda do último dia 2 até ontem, quando as atividades foram finalizadas. 
 
“Qualquer alerta de incidente há uma comunicação imediata com o Ciosp onde a polícia militar é acionada para agir”.
 
Equipamento
 
A empresa fornecedora do equipamento é a Spacecom. Ela atua em 16 estados mais o Distrito Federal. Segundo o representante da empresa, José Alberi, o equipamento funciona utilizando duas tecnologias. Por GPS e pela a transmissão de dados por GPRS usando a rede de celular. O equipamento é à prova d’água 
 
“Mediante a isso, qualquer tipo de comportamento fora do normal que o preso venha a ter imediatamente gera um aviso de violação nos monitores e os órgãos competentes são acionados, explica.
 
Fica a cargo do apenado, porém, o carregamento da tornozeleira. A carga tem que ser em média de 2h a 3h por dia. O usuário é notificado antes que o equipamento descarregue. Se isso ocorrer, representa uma violação grave. 
 
“Caso descarregue o sistema informa e essa é considerada uma violação já que é uma das obrigações do preso. Com isso o judiciário é acionado para tomar as medidas cabíveis”.
 
por:NOVO

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