A
Fortaleza dos Reis Magos, marco inicial da cidade de Natal, poderá
voltar a ser responsabilidade do governo estadual, por meio da Fundação
José Augusto, o que contribuirá para sua reabertura. Esse foi um dos
pontos acertados nesta terça-feira, durante reunião com o ministro da
Cultura, Juca Ferreira, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a presidenta
do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional),
Jurema de Souza Machado, o diretor-geral da Fundação, Crispiniano Neto e
o poeta João Santana, representante da Rede Brasil de Cordel e Repente.
Tanto o ministro como a presidenta do
Iphan se disseram favoráveis à mudança da gestão para a Fundação José
Augusto. Agora, só falta o acerto dos detalhes com a Secretaria de
Patrimônio da União (SPU), que tem a titularidade do imóvel. O IPHAN já
dispõe de um completo projeto de restauração e reestruturação do
monumento.
Também ficaram acertadas formas de se
garantir a continuidade dos Pontos de Cultura, do Programa Cultura Viva.
O Rio Grande do Norte poderá ganhar ainda mais Centros Multiusos de
Cultura, que contam com bibliotecas, cineteatros, laboratório
multimídias, e até quadras de esportes. A senadora Fátima Bezerra chamou
a atenção para a necessidade de o Rio Grande do Norte ser contemplado
com pelo menos doze estruturas desse tipo, em cidades de diferentes
regiões, carentes de equipamentos culturais.
O Rio Grande do Norte também pretende se
transforma em um estado-piloto no que se refere ao Programa Mais
Cultura nas Escolas, que visa a colocar em prática nas instituições de
ensinos projetos de artistas da região. O Rio Grande do Norte conta
atualmente com 146 projetos do Mais Cultura nas Escolas. a ideia é levar
o Mais Cutura nas Escolas para todas as 640 instituições da rede
estadual de ensino. Com isso, o valor do programa no RN subiria de R$ 3
milhões para R$ 10 milhões, gerando oportunidades de trabalho e renda
para cerca de trezentos artistas e oficineiros.
A senadora Fátima Bezerra também apelou
para solução de impasse que está atrasando a reforma da Biblioteca
Câmara Cascudo, já que a primeira parcela dos recursos repassados pelo
governo federal foi aplicada de forma inadequada no governo anterior e
MinC agora exige sua devolução. O ministro concordou em dispensar a
devolução dos recursos investidos desde que a conclusão da obra fique a
cargo do estado, por meio do programa RN Sustentável.
O diretor-geral da Fundação José Augusto
considerou a audiência muito produtiva: “Quando reassumi a Fundação,
precisei rearrumar a casa, pois teatros, museus, bibliotecas, casas de
cultura estavam todos fechados ou funcionando precariamente. Agora
estamos dando um salto para fora, indo em busca de recursos externos
para ampliar e qualificar a cidadania cultural no Estado. Esta audiência
foi nosso primeiro passo nesta busca. Foi muito bom encontrar o
ministro Juca de volta ao MinC. Fomos bons parceiros na gestão anterior e
seremos melhores parceiros agora”, enfatizou Crispiniano Neto.
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