O clima de beligerância entre os senadores aliados da presidente
Dilma Rousseff e os defensores do impeachment da petista chegou ao
Senado nesta quarta-feira, 30, um dia após a decisão da direção do PMDB
de entregar os cargos no governo. Após uma sessão em que a todo o
momento os dois lados trocavam acusações, o presidente da Casa, Renan
Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta noite encerrar os trabalhos do
plenário sem a conclusão da votação de uma medida provisória que abria
crédito no valor de R$ 1,3 bilhão a ministérios (MP 709).
Durante
a sessão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), reclamou que o
governo teria feito uma "pedalada" por usar dinheiro dos trabalhadores e
não do orçamento da União para garantir o repasse de recursos para o
Programa Minha Casa Minha Vida. Segundo ele, o Executivo editou a Medida
Provisória 698/2015 para destinar R$ 4,8 bilhões do FGTS a fundo
perdido para a nova fase do programa.
Em seguida,
disse Caiado, o governo cancelou, por meio da MP 709, R$ 720 milhões em
recursos do orçamento de um fundo que é utilizado para sustentar o
programa habitacional. "Então, é cortesia com o chapéu do trabalhador
brasileiro", criticou o líder do DEM, referindo-se ao fato de que os
recursos do FGTS serem dos trabalhadores.
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