Com o resultado desta terça-feira, a seleção brasileira caiu para a sexta colocação, com nove pontos. Ainda faltam 12 jogos para acabar as Eliminatórias, mas o time brasileiro terá que ficar até setembro passando vergonha na parte inferior da tabela E pior: sem perspectiva de melhora, pelo menos caso a CBF mantenha a comissão técnica e continue de braços cruzados enquanto coleciona vexames.
A seleção só volta a campo pelas Eliminatórias no começo de setembro, quando enfrenta o Equador, fora de casa, em data ainda indefinida. Dias depois, recebe a Colômbia. Dois jogos complicados, como se tornou qualquer adversário para o time comandado pelo técnico Dunga.
Antes disso, tem a Copa América Centenário, em junho, e a Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto. A equipe pentacampeã mundial, acostumada a ganhar títulos e ser respeitada mundialmente, chegará nas duas competições como azarão, pois nada tem feito para merecer a condição de favorito.
Nesta terça, o time conseguiu o empate aos 46 minutos do segundo tempo e a circunstância do jogo faz com que o ponto seja muito comemorado, mas a atuação desastrosa na maior parte do tempo exige atenção.
Fernandinho e Daniel Alves despontaram como as personificações da péssima atuação. O segundo conseguiu se redimir fazendo o gol de empate. Coincidência (ou não) são dois remanescentes do trágico 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. O volante, perdido, falhou tudo que podia, inclusive, o lance do primeiro gol paraguaio saiu depois dele não perceber que Willian havia tentado jogar a bola nele.
Na sequência da jogada, Edgar Benítez recebeu nas costas de Daniel Alves e cruzou para Lezcano bater de primeira. A bola quicou e passou por cima de Alisson, que antes havia feito duas grandes defesas.
Cansado da inoperância de Fernandinho, Dunga o tirou e colocou Hulk, mas deixou Daniel Alves. Experiente, foi batido como um juvenil no segundo gol, em que Edgar Benítez, entrou como quis e bateu na saída de Alisson, aos 3 minutos do segundo tempo.
Mesmo bagunçado, o Brasil conseguiu sair do campo de defesa. Em uma atitude de desespero, Dunga tirou Luiz Gustavo e colocou Lucas Lima. Afinal, perder de dois ou três gols não faria diferença. Aos 33, Hulk chutou fraco, o goleiro rebateu e Ricardo Oliveira descontou, em seu último lance antes de dar lugar para Jonas.
O Paraguai, que estava com o jogo na mão, lembrou que estava enfrentando aquele Brasil que colocava medo no passado e se assustou. Mesmo aos trancos e barrancos, Daniel Alves recebeu passe de Willian e acertou um chute cruzado para se redimir da péssima atuação e salvar o emprego de Dunga.
Na arquibancada do lado brasileiro, após o segundo gol do Paraguai, um torcedor abriu um cartaz com os dizeres "Fora Dilma" e "Fora PT" e os policiais confiscaram as faixas. Os outros brasileiros passaram a gritar os dizeres como apoio. E assim, com protestos na arquibancada e um futebol de dar dó, o Brasil vai para a Copa América Centenário sendo melhor, de acordo com a tabela, apenas que Paraguai, Peru, Bolívia e Venezuela.
FICHA TÉCNICA:
PARAGUAI 2 x 2 BRASIL
PARAGUAI - Justo Villar; Gómez, Paulo da Silva, Aguillar e Samudio; Ortiz (Santana), Ortigoza, Derlis González e Edgar Benítez; Jorge Benítez (Santa Cruz) e Lezcano (Iturbe). Técnico: Ramón Diaz.
BRASIL - Alisson; Daniel Alves, Gil, Miranda e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Lucas Lima), Fernandinho (Hulk), Willian, Renato Augusto e Douglas Costa; Ricardo Oliveira (Jonas). Técnico: Dunga.
GOLS - Lezcano, aos 39 minutos do primeiro tempo; Edgar Benítez, aos 3, Ricardo Oliveira, aos 33, e Daniel Alves, aos 46 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Lezcano, Gómez, Samudio e Justo Villar (Paraguai).
ÁRBITRO - Wilmar Roldán (Fifa/Colômbia).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção (Paraguai).
por: Agência Estado
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