quinta-feira, 31 de março de 2016

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel completa 43 anos nesta quinta

PARABÉNS!!!
 
O Hospital Mosenhor Walfredo Gurgel, maior unidade da rede estadual de saúde, completa 43 anos nesta quinta-feira (31). E para comemorar, uma missa campal, na área em frente ao Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS), a partir das 9h, será celebrada pelo capelão Francisco Rodrigues de Lima. Em seguida, o Coral Saúde em Canto fará uma apresentação. Desde que recebeu o nome de Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), em 31 de março de 1973, que a saúde pública do Rio Grande do Norte (RN) escrevia um novo capítulo em sua história. 
 
A atual estrutura física com 284 leitos, equipamentos modernos como raio-x digital, tomógrafo, monitores cardíacos multiparâmetros, 45 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTIs), abertura de novos serviços como o Núcleo de Qualidade e Assistência Hospitalar (NAQH), de Segurança do Paciente (NSP), Classificação de Risco, e da alta demanda de atendimentos com a confecção de mais de 300 boletins/dia, pouco lembra o Walfredo Gurgel registrado na lembrança dos funcionários veteranos que ainda atuam no hospital, alguns com até 37 anos de serviços.
 
Um destes veteranos é o chefe da Divisão de Serviços Gerais (DSG), Raimundo Nonato da Cruz. Ele relembra que, em 1979, o quadro de pessoal do hospital “não chegava a 300 funcionários”. Dos serviços extintos, ele diz que a Universidade Federal do RN disponibilizava uma disciplina de ortopedia para estudantes de medicina. Do parque tecnológico, Nonato fala que só existia um equipamento de raio-x. “Ainda não tínhamos tomógrafo. Não havia muitos recursos digitais e os exames clínicos eram mais minuciosos. Já trabalhando aqui, fui diagnosticado com uma apendicite, através apenas do resultado de um exame de sangue e fui operado em menos de 24h”, recorda.
 
Outra servidora que guarda boas memórias do início do Walfredo Gurgel é a atual diretora geral, Maria de Fátima Pereira Pinheiro. Chegando ao hospital em 1986, ela lembra que a unidades contava com 42 cirurgiões gerais. “Fui a primeira cirurgiã geral do Walfredo. Cheguei insegura, fui colocada de cara para atender ao trauma e tinha dias que atendia sozinha no Serviço de Atendimento as Urgências (SAU – hoje chamado Politrauma). Mas isso não impediu que Fátima, logo de cara, impusesse rapidamente seu estilo inquieto e acelerado. Prova disso é que “pouco tempo depois, fui nomeada chefe do plantão”.
 
Naquela época, Fátima revela que o Centro Cirúrgico funcionava onde hoje está o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Já o Centro era localizado no 5º andar. “Eram quatro salas cirúrgicas (o Walfredo hoje conta com seis), três cirurgiões por plantão e a demanda era infinitamente menor. Não havia pacientes nos corredores, nem entubados no Politrauma”.
 
A aposentada, Clévia Madureira de Sena, também fala com saudade de um Walfredo Gurgel que não existe mais. Enquanto esteve na ativa, Clévia foi secretaria da direção durante 26 anos. “No prédio onde hoje é o serviço administrativo, funcionava o ambulatório. Tinha ortopedia, laboratório e até atendimento ginecológico. Todo o espaço ocupado hoje pelo Clóvis Sarinho era destinado a estacionamento de veículos. Havia uns bancos nessa área também onde a gente sentava nos momentos de folga para conversar”.
 
Nestas mais de quatro décadas, o Walfredo Gurgel passou por várias dificuldades. Muitas ainda se repetem como os pontuais desabastecimentos, a superlotação e a ambulancioterapia. Contudo, mesmo diante de tantas dificuldades, o hospital cresceu tanto assistencialmente, quanto em sua estrutura física e na qualificação de seus profissionais. São 43 anos de avanços, percalços, histórias de derrotas e superação, de fé e esperança, de gente que veste a camisa e que acredita em uma saúde pública de qualidade. São histórias inteiras de vida passadas entre suas dependências. Histórias de namoros, casamentos, falecimentos, de encontros e despedidas, de fazer o melhor com o que se tem, de entrega, dedicação, de amor ao próximo.
 
por:NovoJornal

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