Até este final de semana, a família morava no Palácio do Jaburu, que é destinado ao vice-presidente da República. Temer, Marcela e o filho também passam alguns dias na casa que possuem no Alto de Pinheiros, bairro nobre da Zona Oeste paulistana.
Enquanto moravam no Jaburu, Temer usou o Palácio do Alvorada para alguns eventos com políticos, como o célebre jantar que ele ofereceu para cerca de 200 deputados em outubro de 2016 com o objetivo de conseguir votos para aprovar a PEC do Teto de Gastos, que acabou passando no Congresso.
O Palácio da Alvorada foi projetado e teve sua decoração original criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), junto com sua filha, a arquiteta e designer Anna Maria Niemeyer (1930-2012). Situado às margens do lago Paranoá, foi o primeiro prédio inaugurado na capital federal, que teve a maioria de seus edifícios públicos projetado por Niemeyer.
Entre as mudanças pedidas pela família Temer, estão a colocação de telas de proteção na sacada do primeiro andar – por causa do filho Michelzinho -, a retirada de tapetes vermelhos e a troca de sofás.
“Tapetes foram substituídos, por uma questão de gosto pessoal, porque Marcela não gosta de tapete vermelho, os sofás têm sido substituídos, porque não gostam de sofá preto, porque não gostam do sofá cor de telha, apesar de essas cores terem sido escolhidas pela própria Anna Maria Niemeyer e Oscar Niemeyer na década de 1960”, afirma Claudio Rocha, ex-secretário-executivo da comissão de curadoria dos palácios do Planalto e da Alvorada, em entrevista ao site Poder 360.
Na mesma entrevista (veja o vídeo aqui), ele criticou a colocação da tela de proteção. “O filho do João Goulart morou no palácio com 4 anos de idade. Os netos do presidente [José] Sarney, os netos do presidente Fernando Henrique [Cardoso] moraram no palácio e nunca teve nenhum problema de segurança”, diz Rocha.
O Palácio do Planalto não informa detalhes da reforma, nem quanto foi gasto com as alterações. O PT, por meio do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), encaminhou uma representação ao Ministério Público Federal em janeiro deste ano questionando a “necessidade, a viabilidade e a legalidade” das reformas feitas no prédio.
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