EM DEFESA
© Edilson Rodrigues/Agência Senado
Ao defender a Reforma da
Previdência, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, chegou a dizer,
nesta quarta-feira (1º), que os aposentados deveriam estar fazendo
protestos a favor das mudanças propostas pelo governo nas regras do
INSS. "Quem está contra a reforma está contra o trabalhador e o
aposentado. Precisamos organizar o sistema para garantir os benefício
futuros", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) do Congresso Nacional.
Dyogo Oliveira reconheceu que a questão fiscal é um tema árido, "que
não desperta emoções", mas pediu que a sociedade e o Congresso tenham
maior consciência sobre as decisões orçamentárias, e, sobretudo, sobre o
rombo previdenciário.
"Nós gastamos com Previdência, por exemplo,
mais que o dobro que outros países. Nos pagamos 57% enquanto a média
nesses países é de 25% do orçamento. É muito proeminente o tamanho da
distorção que o nosso sistema previdenciário coloca no orçamento",
completou.
Segundo ele, sem a realização das reformas nas contas
públicas o crescimento da economia nos próximos anos será prejudicado.
"Ou a gente faz o ajuste e garante manutenção do crescimento, ou a gente
faz um voo de galinha e teremos a volta de inflação ali na frente",
alertou.
Eletrobras
O
ministro do Planejamento também defendeu novamente a privatização da
Eletrobras e lembrou que a União não irá de se desfazer do seu capital
na empresa. "A Eletrobras hoje não tem condição de fazer investimentos
mínimos para garantir o seu funcionamento. A empresa será capitalizada
para que possa investir", afirmou.
Dyogo Oliveira lembrou que,em
todos os Estados com geradoras e distribuidoras administradas por
Eletrobras, a empresa está quebrada. "Não se trata de uma operação de
salvamento do governo, pelo contrário, é uma operação para que a
Eletrobras seja uma empresa capaz de competir no mercado internacional",
completou.
O ministro disse ainda que a
Eletrobras pode ser tornar uma das grandes empresas do planeta em seu
setor, assim como a Vale. "A Eletrobras pode cumprir o mesmo papel e ser
uma das maiores investidoras de energia do mundo", alegou. Ele ainda
garantiu aos parlamentares que a modelagem em elaboração pelo governo
para a privatização da empresa irá reservar "recursos vultosos" para a
recuperação da bacia do Rio São Francisco.
(Com informações do Estadão
Conteúdo)
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