MERCADO
Bolsonaro: "O cenário mundial somou-se ao otimismo no Brasil com o novo governo" (Alan Santos/PR)
O presidente Jair Bolsonaro comemorou nesta
quarta-feira, 9, o bom resultado da bolsa de valores, que fechou acima
de 93.000 pontos pela primeira vez na história. O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário, bateu recorde pelo segundo dia consecutivo, fechando em 93.613, uma alta de 1,72%.
“O cenário mundial somou-se ao otimismo no Brasil com o
novo governo. Com saúde fiscal e liberdade econômica, vamos resgatar a
confiança em nosso país!”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
O dólar
fechou abaixo de 3,70 reais pela primeira vez em mais de dois meses. A
moeda americana recuou 0,75%, a 3,6878 reais na venda, o menor valor 26
de outubro passado, quando foi vendido a 3,6878 reais. O movimento de
queda acompanhou o comportamento da moeda no mercado externo após o
término das negociações comerciais entre Estados Unidos e China e em
meio à expectativa de anúncio de uma proposta de reforma da Previdência
pelo governo Jair Bolsonaro.
Foi a quinta queda em seis pregões, acumulando, em janeiro até agora uma
redução de 4,85%. Na mínima desta sessão, a moeda foi a 3,6758 reais e,
na máxima, a 3,7128 reais.
Segundo analistas de mercado, há uma euforia generalizada com a possível entendimento comercial entre Estados Unidos e China.
“O primeiro encontro entre as autoridades americanas e chinesas após o
anúncio de uma trégua tarifária de noventa dias no G20 chega ao fim.
Essa nova rodada – que tinha como principal objetivo andar na direção de
um acordo definitivo e pôr um fim à guerra comercial – parece ter sido
concluída em tom positivo”, afirma relatório da Guide Investimentos.
No campo doméstico, a indicação da equipe econômica de que a reforma
da Previdência pode ser mais dura que a enviada pelo ex-presidente
Michel Temer é um sinal positivo. Os analistas alertam, entretanto, para
o fato de que é preciso reformar logo a Previdência, preferencialmente
sem excluir nenhuma categoria das mudanças, como os militares. “O
otimismo e voto de confiança por parte do capital financeiro com a
agenda do novo governo associada a um setor externo positivo favorecem o
mercado interno”, afirma a Necton.
(Com Reuters)
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