FOLHA
Deputados estaduais devem discutir e votar os projetos que serão enviados pelo governo
A governadora Fátima Bezerra (PT) confirmou, em visita à TRIBUNA DO
NORTE, na tarde de ontem, que no pacote de medidas a ser enviado a
partir da próxima semana, para votação na Assembleia Legislativa,
estará o pedido de autorização para que possa antecipar receitas de
royalties do petróleo e gás natural dos anos de 2020, 2021 e 2022, além
de solicitar aos deputados que autorize o governo a negociar a folha de
pessoal com bancos privados e não apenas instituições financeiras
públicas, como o Banco do Brasil, que hoje detém a conta da folha
salarial dos servidores públicos do Estado.
Fátima Bezerra afirmou também que essas e outras medidas já em curso,
que fazem parte do plano de recuperação fiscal, serão apresentadas na
reunião de hoje de manhã com os deputados estaduais.
A
governadora disse que essas iniciativas por recursos extras serão
importantes para cumprir os compromissos assumidos com os servidores
públicos, no sentido de “estabilizar o pagamento de salários, garantindo
a eles previsibilidade e isonomia”, ou seja pagando dentro do mês os
salários dos servidores ativos e inativos.
Segundo a
governadora, na medida em que for entrando receitas extras, “desde que
não haja impedimento legal, os recursos serão destinados ao abatimento
do passivo que o Estado tem junto aos servidores”.
Para isso, a
governadora diz que outra alternativa, a respeito de receitas extras, é a
necessidade de aprovação, no Congresso Nacional, do projeto que trata
da cessão onerosa do petróleo e do gás, que pode render R$ 450 milhões
de recursos extras para o Rio Grande do Norte, pois 20% dos recursos da
cessão onerosa destina 20% dos recursos para estados e municípios.
A
governadora Fátima Bezerra informa, inclusive, que no dia 6 de
fevereiro, logo após as eleições das mesas do Senado Federal e da Câmara
dos Deputados, será deflagrada o processo de discussão pelo Fórum dos
Governadores e Confederação Nacional dos Município junto com os
presidentes de Mesas das duas Casas e bancadas federais, para a
aprovação desse projeto de lei.
Quanto à declaração do secretário
Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, de que não há possibilidade do
Estado receber auxílio financeiro do governo federal, a governadora
disse o seguinte: 'É preciso entender o contexto dessa declaração, na
verdade, [ele citou] o Rio Grande do Norte e outros estados. Mansueto
quis dizer que esses estados não se enquadram no Plano de Recuperação
Fiscal adotado hoje pelo governo federal, porque nosso problema tem
outro perfil, a nossa dívida não é com o Tesouro Nacional”.
Pelo
contrário, explica a governadora, o Estado tem baixo endividamento com a
União, “a nossa dívida é de despesas correntes com servidores e
fornecedores”, por isso, o que o governo estadual está pleiteando é um
novo plano de recuperação fiscal por parte da União que atenda os
estados com o perfil dessa dívida interna e seja dado prerrogativa de
operação de crédito para pagamento de dívidas com pessoal e
fornecedores.
(via:TN)
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