O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho,
afirmou nesta quarta-feira 30, que os militares estarão na proposta de
reforma da Previdência que será levada ao Congresso Nacional. “Vai
entrar, mas quem vai definir o ‘timing‘ é o presidente”,
declarou o secretário, que participou de um jantar promovido pelo Centro
de Liderança Pública (CLP) com novos parlamentares eleitos para o
Congresso Nacional.
Marinho salientou que a inclusão dos
membros do Exército nas novas regras para aposentadorias é “uma
determinação do presidente”: “todos têm que contribuir. Esse é o esforço
de salvarmos o sistema previdenciário”, disse.
Durante o jantar, ele lembrou também da
fala do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, de que quer
governar pelo exemplo. O secretário confirmou que essa era uma
sinalização do presidente para a necessidade de incluir os militares na
reforma.
O secretário já havia destacado que várias lideranças importantes do
núcleo militar do governo já vêm dando indicações de que as Forças
Armadas darão sua contribuição para a reforma. O ministro da Economia, Paulo Guedes,
defende que o projeto de lei sobre os militares seja enviado
simultaneamente à reforma. No entanto, os militares querem que o texto
seja encaminhado após a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à
Constituição.
Marinho disse, ainda, esperar que a
proposta seja aprovada nas duas casas (Câmara e Senado) antes do recesso
parlamentar de julho.
Também durante o jantar, o secretário
especial destacou a necessidade de contar com o apoio do “sangue novo”
do Congresso e garantiu que haverá diálogo para construir uma proposta.
“Não vai haver imposição”, disse.
Entre os integrantes da equipe que
acompanharam o evento, o mantra era um só em relação à estratégia para a
aprovar a reforma: “não podemos errar”.
(Com Estadão Conteúdo)
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