quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Operação comprova bomba delatada por Antonio Palocci. Propina a diretores de banco está no depoimento do ex-ministro

CIRCEUS MAXIMUS

Palocci: CVM é fonte de problemas (Vagner Rosário/VEJA)

A Operação Circus Maximus, que investiga o pagamento de propina a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB) em troca de investimentos em projetos como o hotel LSH Lifestyle, no Rio, deixou o mercado financeiro boquiaberto.

E prova que a delação do ex-ministro Antonio Palocci tem alto potencial de estrago.  
Palocci havia afirmado em delação que Henrique Barbosa, irmão do atual presidente da CVM, Marcelo Barbosa, atuara para blindar investimentos temerários, sobretudo utilizando recursos de fundos de pensão, junto a órgãos fiscalizadores.


“Esse tipo de fraude cometida pelo BRB comprova que havia não só a conivência, como também a participação de instituições bancárias na compra de títulos podres. Em sua delação, Palocci explicou como isso foi possível: blindando os órgãos fiscalizadores”, diz uma fonte do mercado financeiro.

“A repetição dos escândalos mostra que temos um problema sistêmico. A CVM não está atuando como deveria, e seu papel terá de ser revisto”, afirma.


(Ernesto Neves/Radar)

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