O vice-presidente, general Hamilton Mourão, assume quando Bolsonaro sair do espaço aéreo brasileiro (Wilson Dias/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro transmitiu o cargo ao vice Hamilton Mourão, neste domingo, antes de embarcar para o Fórum Econômico Mundial, na Suíça.
Mourão assumiu o cargo oficialmente a partir do momento em que o presidente sair do espaço aéreo brasileiro. Neste domingo, o vice disse a agência Reuters que a crise envolvendo o filho de Bolsonaro, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor, Fabrício Queiroz “não tem nada a ver com o governo” e que é preciso esperar conclusão nas investigações para tirar conclusões.
Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica de recursos, detectada pelo Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf). Segundo reportagens exibidas pelo Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.
Neste domingo, o jornal O Globo destacou ainda que Queiroz, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, movimentou mais 5,8 milhões de reais em sua conta bancária, totalizando 7 milhões de reais em três anos.
Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.
Viagem
O presidente Jair Bolsonaro embarca por volta das 22h partindo de Brasília com destino a Las Palmas, na Espanha, e depois, já na segunda-feira, 21,, parte para Zurique, na Suíça, e então para Davos, sede do Fórum Econômico Mundial. A distância entre as duas cidades suíças é de 150 quilômetros.Neste domingo, Bolsonaro se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Responsável pela Secretaria de Governo, o general Santos Cruz também participou da reunião.
O fórum começa na terça-feira, 22, e vai até o dia 25. Cerca de 70 países e representantes de diversos setores da economia estarão reunidos no evento – são 3.500 participantes. O evento será o palco da estreia internacional do presidente Jair Bolsonaro.
Temas como a abertura ao comércio internacional, o combate à corrupção e a disposição de fazer as reformas estruturantes devem estar na pauta do discurso do presidente brasileiro.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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