
A sociedade mossoroense deu uma demonstração clara de que não aceita
mais a afronta das facções criminosas que espalham sangue nas ruas das
cidades do Rio Grande do Norte, numa disputa estúpida por território
para tráfico de drogas.
Quatro dos cinco autores da chacina no Baile da Favela no dia 11 de
abril de 2017, no bairro Boa Vista, pegaram a maior pena já aplicada no
Tribunal do Júri de Popular de Mossoró em todos os tempos. O julgamento
começou às 10 horas e terminou às 20 horas.
FRANCISCO JOSENILSON: O JHON - 138 anos e 07 meses
FELIPE MARTINS, o PLAYBOY: 137 anos e 10 meses
MARLON BRUNO: 156 anos
ABDIEL DA SILVA: O GALADIN - 138 anos e 07 meses
O Julgamento
O julgamento foi uma aula de direito penal para dezenas de estudantes
das faculdades instaladas em Mossoró e até em outras cidades. Com
plenário lotado, o promotor Ítalo Moreira Martins convenceu os sete
jurados (3 mulheres e 4 homens) da culpa dos réus.
Na defesa de Felipe Martins, o Playboy, dois dos melhores advogados do
Rio Grande do Norte: Paulo Afonso Linhares e Olavo Hamilton Aires,
professores doutores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Já na defesa dos réus Galadin, Jhon e Bruno, atuou o defensor público
Diego Melo,Diego Melo disse que no processo não havia provas materiais
que comprovasse a participação efetiva dos réus na chacina.
Pediu a absolvição.
Os advogados Paulo Afonso Linhares, com formação Harvard, e Olavo
Hamilton Aires, também bateram forte na tecla de que as provas juntadas
no processo não incriminariam os réus. Pediram a absolvição de Felipe
Martins alegando insuficiência de provas.
O promotor Italo Moreira Martins destacou durante sua exposição do
processo no plenário que os 4 réus participaram diretamente da chacina,
derrubando e executando com vários tiros uma a uma das cinco vítimas e
que não mataram mais jovens porque não conseguiram.
O representante do Ministério Público Estadual pediu condenação para
cada um dos quatro réus por cinco homicídios, todos duplamente
qualificados, assim como pediu condenação para cada um dos cinco réus
por cinco tentativas de homicídios duplamente qualificados.
Também incorreu contra os acuados o crimes de formação de quadrilha e
por corrupção de menores. Durante os debates, o promotor Italo Moreira
Martins mostrou uma fotografia aos jurados onde aparecia os quatro réus
segurando as armas usadas na chacina momentos antes.
No momento da exposição do promotor de Justiça Italo Moreira Martins, o
advogado Olavo Hamilton pediu uma parte e questionou a autenticidade da
fotografia. Perguntou porque a Polícia Civil não apreendeu o celular da
jovem que fez a foto para os marginais.
Assista abaixo este embate entre MPRN e Defesa:
Concluído os debates no plenário entre Ministério Público Estadual e a
defesa dos réus, o juiz Vagnos Kelly convocou os sete jurados a Sala
Secreta, onde votaram pela condenação dos réus nos termos expostos pelo
promotor de Justiça Italo Moreira Martins.
Somadas, as penas ficaram em 570 anos e 5 meses de prisão distribuídas
para os 4 dos 5 acusados da chacina que deixou 5 jovens mortos e pelo
menos outros 10 feridos no dia 11 de março de 2017, na Boa Vista, em
Mossoró/RN.
(Via:Mossoró Hoje)
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