terça-feira, 7 de maio de 2019

DNIT dá início a reparos emergenciais na ponte de Igapó

PONTE DE IGAPÓ
 Os trabalhadores iniciaram a raspagem do concreto comprometido dos pilares da ponte
 Os trabalhadores iniciaram a raspagem do concreto comprometido dos pilares da ponte 

Os serviços emergenciais para conter a deterioração de vigas e pilares que sustentam a Ponte de Igapó começaram nessa segunda-feira (6), e os trabalhos devem se estender pelos próximos 60 dias – conforme prazo inicial previsto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-RN) para conclusão dos “pequenos serviços emergenciais”. 

A medida, de acordo com o General Daniel Dantas, superintendente regional do órgão, é uma ação paliativa que contempla onze de um total de 32 pilares de maneira a evitar que as estruturas sejam comprometidas de forma mais profunda. “Não haverá necessidade de interdição da ponte”, garantiu.

Na tarde de ontem, operários trabalhavam no local removendo a camada externa danificada do concreto. Após o processo de limpeza nos pilares e vigas, será aplicado produto anticorrosivo nas ferragens expostas para posterior cobertura com nova camada de concreto. A obra está orçada em exatos R$ 1.197.143,61, viabilizada com recursos federais do Ministério da Infraestrutura. Por se tratar de rodovia federal (BR-101), a obra é de responsabilidade Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-RN).

“Os serviços que estão em curso são emergenciais, até que seja feita a restauração completa das peças estruturais do complexo de pontes. Nossa expectativa é que o edital de licitação seja lançado no segundo semestre deste ano, para contratação da empresa prestadora do serviço e início das obras definitivas no começo de 2020”, informou o superintendente regional do Dnit. O valor de referência para a execução do projeto de restauração completa da Ponte Presidente Costa e Silva ainda está sendo levantado.

O General Daniel Dantas explicou que os reparos emergenciais e de reforço abrangem onze pilares – ao todo, o complexo é formado por duas pontes independentes, com 32 pilares (16 em cada ponte).

A ponte de ferro, primeira estrutura que permitiu a travessia do Rio Potengi ligando a zona Norte às demais regiões de Natal, foi inaugurada em 1916. Em 1970, para atender o crescimento da demanda por mobilidade, foi inaugurada a primeira Ponte de Igapó feita de alvenaria – com o crescimento da região, a via foi duplicada em 1988. Desde então, há mais de 30 anos, não são feitos reparos na estrutura.

“Os pilares da ponte mais nova, inaugurada no final da década de 1980, estão mais deteriorados que os da ponte construída quase 20 anos antes”, observou Dantas.

Atualmente a Ponte de Igapó, com seus 606 metros de extensão e 12,6 metros de largura, quatro pistas (duas em cada sentido) e uma via férrea, recebe um tráfego diário composto por 37 linhas de ônibus municipais, 14 linhas de ônibus interurbanos, 13 viagens de trem, além de aproximadamente 80 mil veículos.

Inspeção do Crea-RN


Em maio de 2018, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RN) realizou inspeção visual na Ponte de Igapó e constatou problemas estruturais. Na época, o Dnit-RN garantiu que não havia riscos da estrutura entrar em colapso e ruir. De acordo com a escala SGO (Sistema de Gerenciamento de Obras de Artes Especiais), que mede os riscos de construções, a ponte foi classificada como nível 3 – a escala vai de 1 a 5, e quanto menor o número maiores os riscos apresentados.

Durante a inspeção do ano passado, o Crea-RN constatou uma série de anomalias na Ponte de Igapó em 16 pilares da base do complexo de pontes. Destes, onze estão recebendo reparos emergenciais. Além da falta de manutenção, os pilares sofrem erosão devido a agressividade das águas salobras do Rio Potengi. Segundo relatório elaborado pelo Conselho, que já havia feito outras duas inspeções anteriores na ponte em 2011 e 2013, foi identificado que o acréscimo da degradação “foi grande” em relação ao período anterior.



(Via:TN)

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