STJ NEGOU FEDERALIZAÇÃO
Marielle: busca por justiça - Divulgação
Rio - O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, ontem, por
unanimidade, que as investigações sobre a morte da vereadora Marielle
Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, continuem no âmbito
estadual. O pedido de federalização foi feito pela ex-procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, em setembro de 2019. Ele alegou
irregularidades na investigação.
A relatora, a ministra Laurita
Vaz, nega que tenha havido inércia de autoridades locais durante as
investigações, dado que já foram instaurados diversos inquéritos para
apurar o crime e possível envolvimento de milicianos. Laurita pontua,
também, que a federalização do caso dificultaria a celeridade das
investigações em andamento no Rio.
Alívio da vitória
Para
Anielle Franco, irmã de Marielle, o resultado da noite de ontem trouxe
alívio após forte mobilização contra a passagem do caso para âmbito
federal. "No atual momento político, preferimos que o caso ficasse no
Rio, e ainda bem que conseguimos essa vitória", relata. Ela conta que,
em apenas uma semana, conseguiram 153 mil assinaturas contrárias à
federalização. No dia 19, a família enviou uma carta aberta ao STJ para
que avaliassem a mudança como "improcedente".
Com a resolução do
STJ, a família reitera a importância de duas respostas no caso, 800 dias
após o assassinato de Marielle. "Queremos saber quem matou minha irmã e
por que. Eu espero não ter que esperar mais dois anos para descobrir",
lamenta Anielle, que não pretende abandonar a luta por justiça.
(Por
O Dia)
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