A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte determinou o Facebook a
suspender a publicação de uma suposta pesquisa de pré-campanha eleitoral
no município de Ielmo Marinho, sem registro prévio no Tribunal Regional
Eleitoral, por se tratar de um caso de fake news. A determinação da
juíza Niedja Fernandes dos Anjos e Silva, responsável pela 46ª Zona
Eleitoral de Ceará-Mirim, aponta que um perfil anônimo publicou o
conteúdo para o cargo de prefeito da cidade da Grande Natal.
A
pesquisa irregular divulgada em perfil anônimo no Facebook apontava
liderança de Francenilson dos Santos, ex-prefeito preso por corrupção
ativa. A quebra de sigilo indica que número de celular vinculado ao
perfil está ligado ao pré-candidato, Francenilson.
Foi mais
uma conquista na justiça pelo escritório Diógenes, Marinho & Dutra,
dos advogados especializados em direito eleitoral, Kennedy Diógenes e
Sanderson Mafra, com experiência en várias causas em combate à fake
news, o primeiro caso este ano em pré-campanha no Rio Grande do Norte.
De
acordo com a Resolução TSE 23.549/2017, a divulgação de pesquisa sem o
prévio registro das informações sujeita os responsáveis à multa no valor
de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 (Lei nº 9.504/1997, arts. 33, § 3º, e
105, § 2º). Por outro lado, a divulgação de pesquisa fraudulenta (falsa)
constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no
valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.
Com a quebra do sigilo
no processo e os dados divulgados pelo Facebook à Justiça, retirados
hoje da publicação, descobriu-se que o perfil apresentava um dos números
de telefones vinculados a Francenilson. O processo cita ainda que a
pesquisa pré-eleitoral é irregular, já que não há qualquer registro de
candidatura para as Eleições 2020 em Ielmo Marinho ou “pode promover
desigualdade de condições entre aqueles que disputarão o pleito
eleitoral de outubro, já que pesquisas de intenção de votos nas
eleições, sejam elas legítimas ou não, exercem poder de influência sobre
o voto de eleitores”.
Em 2016, Francenilson Alexandre dos
Santos foi preso após investigação do Ministério Público sob a acusação
da prática do crime de corrupção ativa, por ter oferecido cargos
públicos municipais e promessas de dinheiro a vereadores para que
votassem pelo arquivamento do processo de cassação de prefeito, o que
efetivamente veio a ocorrer.
(Por:Nominuto.com)
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