quinta-feira, 23 de julho de 2020

Comissão de Anistia marca julgamento do caso de Dilma em plena pandemia. Defesa da ex-presidente quer adiar a análise no colegiado do pedido apresentado em 2002.

BRASIL,  POLÍTICA
 A ex-presidente Dilma Rousseff discursa durante encontro com grupos favoráveis ao seu governo, em Brasília (DF) - 24/08/2016
 Caso de Dilma na comissão foi marcado para semana que vem; petista não tem expectativa de ganho na causa// Ueslei Marcelino/Reuters


O processo da ex-presidente Dilma Rousseff na Comissão de Anistia foi marcado para ser julgado na próxima semana, dia 30.

É o primeiro item da pauta de 13 casos previstos para julgamento.

A defesa de Dilma não tem interesse no julgamento nesse momento por conta da pandemia. A advogada que a defende, Paula Febrot, tem 80 anos, está no grupo de risco do coronavírus,  e irá solicitar o adiamento.

A sustentação da defesa é presencial.

Dilma não tem qualquer expectativa de aprovação de seu caso. A ministra Damares Alves, a quem a comissão está subordinada, já deu declarações desfavoráveis a Dilma como perseguida pela ditadura.

A ex-presidente protocolou seu processo em 2002 e evitou que o caso fosse julgado durante os governos do PT. Agora, caiu numa comissão formada por alguns militares, críticos aos opositores do regime militar.

No seu pedido, Dilma requer a reintegração a uma fundação qual trabalhou nos anos 1970, de onde foi demitida por perseguição política. Solicita também a contagem do tempo para efeitos de aposentadoria.

O relator de seu caso é o conselheiro José Augusto Valle Machado.


(Por Evandro Éboli/Radar) 

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