JUSTIÇA
Lúcio Bolonha Funaro, delator do mensalão, recebeu o perdão da Justiça
por sua colaboração no processo (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou que o operador do mercado Lúcio Bolonha Funaro forneça,
em dez dias, as imagens do monitoramento eletrônico que está sendo
feito do local onde cumpre prisão domiciliar, uma fazenda no interior de
São Paulo. No início desta semana, advogados de Funaro enviaram à 10ª
Vara informações sobre a disposição das câmeras instaladas no local,
dois relatórios de registros de monitoração eletrônica e uma lista de
pessoas e de funcionários que tiveram acesso à fazenda. No despacho,
Leite afirmou que “a imagem utilizada para mapear a distribuição das
câmeras não abrange a totalidade da área ocupada pela propriedade onde
se encontra cumprindo prisão domiciliar; e que os vídeos contidos não
puderam ser visualizados”.
Funaro cumpre prisão domiciliar desde o
fim do ano passado como parte do acordo de delação premiada firmado com
a Procuradoria-Geral da República. Ele
aproveita a nova condição, conforme antecipou EXPRESSO, para se dedicar
a novos anexos da colaboração que se comprometeu a entregar ao
Ministério Público Federal.
O juiz manifestou preocupação com
as dificuldades operacionais da Justiça em monitorar o cumprimento da
prisão domiciliar “haja vista o reduzido quadro de servidores
disponíveis e a inexistência nesta unidade de sala com monitores que
operem diuturnamente e em número suficiente, bem como a ausência de
corpo de segurança que avalie a adequação das câmeras, quanto ao número
necessário de aparelhos, locais de funcionamento, qualidade das imagens e
ângulo de cobertura, para proporcionar melhor fiscalização da prisão
domiciliar”.
(MarceloRocha/Época)
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